pedrinhas e sorvete

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— Aqui está.

Louis esticou sua mão, enquanto Harry virava-se novamente na direção do rapaz, que mantinha a garrafa de suco presa entre os dedos.

— Obrigado. – Harry sorriu, prestes a agarrar o objeto.

Mas Louis foi mais rápido, e recuou sua mão rapidamente, tirando a garrafa de perto de Harry.

O mais novo franziu o cenho. Louis sorriu de lado.

— O que foi? – Harry perguntou confuso.

— Mas com uma condição.

Ficaram em silêncio por alguns instantes.

— Que condição?

— Eu vou te fazer algumas perguntas.

Harry franziu o cenho.

— Perguntas?

— Sim. Daquelas de responder.

Harry revirou os olhos, rindo logo em seguida.

— Sério? Novidade para mim.

— É mesmo? Ficarei lisonjeado em ser o primeiro a usar essa prática com você. – Louis comentou, lentamente aproximando seu braço para perto de Harry, que passou a observar os movimentos do mais velho.

Logo, Harry voltava a encarar a garrafa de suco à sua frente, e Louis sorria na direção do garoto.

— Tudo bem...

— O quê? – Louis franziu o cenho.

— As perguntas... – o mais novo continuou.

— Ah! – Louis exclamou alto antes de voltar a caminhar e ser acompanhado por Harry no mesmo instante.

Continuavam lado a lado, usando o mesmo ritmo lento em seus passos.

— É que... – o mais velho começou, agarrando parte da alça da mochila que cobria seus ombros. – Eu só queria saber...

— O que você só queria saber?

Louis parou, suspirando alto. Harry o imitou, franzindo o cenho em seguida.

Estavam mais uma vez parados em algum lugar da larga calçada, próximos a uma pequena árvore, que ainda crescia com a ajuda de suportes de madeira e barbantes enroscados no fino tronco.

Se continuassem naquela velocidade, Louis tinha a certeza de que chegariam à sorveteria tarde da noite.

Mas o sorvete poderia esperar. As perguntas de Louis, não.

— Você se lembra daquele dia no banheiro?

— Foram vários dias no banheiro. – Harry ressaltou, ainda com o cenho franzido.

Louis gaguejava.

— Não... Não. Aquele da nossa discussão. Que Zayn e Niall também estavam lá, e aí você chegou, e eu estava conversando com eles, e eles foram embora, e–

— É, eu sei. Eu sei.

— Você me disse algumas coisas.

— Disse. – Harry assentiu, sentindo-se confuso por não saber o rumo que aquela conversa estava tomando.

Louis levou uma de suas mãos até a nuca, coçando parte daquela região de seu corpo.

— Que eu estava enganado quando achei que você gostava de mim, porque me tratava de um jeito diferente. Mas... Você trata todos assim, não é? – arqueou uma sobrancelha, encarando o garoto dos olhos verdes, que mantinha uma expressão confusa em seu rosto.

excuse me? // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora