abraços e cheiro de jardim

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— O que é isso?

— É o teatro da escola. – Louis respondeu de forma calma, enquanto soltava o pulso de Harry e empurrava uma das grandes portas com a ajuda de suas mãos.

— Por que eu nunca vim aqui? – o mais novo perguntou, confuso. Estava agindo de forma parecida com uma criança visitando algum lugar totalmente novo, como um parque, ou uma loja de brinquedos.

— Não sei. – Louis deu de ombros. – Escolha pessoal, talvez.

— Mas... – Harry começou, mas desistiu ao ver que de nada adiantaria continuar com aquela conversa sem nexo. Ele apenas estava surpreso com o novo lugar que havia achado naquela escola. Ou melhor, o novo lugar que Louis havia mostrado a ele.

— O que foi? – o mais velho virou-se para encarar o garoto dos olhos verdes.

— Nada. Deixa pra lá. – Harry respondeu, enquanto adentrava aquele lugar. Estava escuro e silencioso, o que passou a intrigar o garoto, e fazer com que ele sentisse uma enorme vontade de agarrar as mãos de Louis, ou deixar com que o mais velho agarrasse algum de seus pulsos novamente.

Ambos ficaram em silêncio, caminhando lentamente por entre as poltronas enfileiradas.

Harry olhava para baixo, seguindo os passos de Louis, que parou repentinamente, fazendo com que o rosto de Harry fosse de encontro com as costas do garoto mais velho.

— Aí! – o garoto dos olhos verdes guinchou, levando uma de suas mãos ao próprio nariz e começando a massagear o local.

Louis virou-se para encarar Harry, que mantinha uma careta em seu rosto.

— Desculpa! – exclamou, levantando as sobrancelhas enquanto retirava as mãos de Harry do próprio rosto para poder analisar o nariz machucado. – Você acha que vai ficar bem?

O mais novo assentiu.

— Vou. Não foi nada. Só está dolorido.

— Desculpa. – o mais velho sussurrou.

— Está tudo bem. – Harry voltou a afirmar. Louis concordou, mexendo a cabeça.

— Acho que está bom aqui... – o rapaz dos olhos azuis comentou, observando o local.

Haviam parado exatamente no meio de uma fileira de poltronas, e escolheram dois assentos aleatórios para se acomodarem.

Quando ambos já estavam sentados, Louis virou-se para encarar Harry:

— Você não se importa, né?

O mais novo franziu o cenho, Louis continuou:

— Em perder aula...

Harry ergueu as sobrancelhas.

— Ah... Não! – parou um pouco, parecendo pensativo. – Por quê? Você se importa?

Louis deu de ombros.

— Eu não.

— Já cheguei atrasado mesmo...

— Chegou? – Louis franziu o cenho.

— Sim.

— Por quê? Perdeu o horário?

— É. Não consegui dormir direito... – Harry fez uma careta.

Louis soltou uma pequena risada.

— É por isso que você está desse jeito?

— Que jeito?

— Todo mal-humorado, de cara fechada e quieto...

— Ah... – Harry riu. – É. Não sei, eu acho. Estou pensativo...

excuse me? // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora