calor nos dedos e coração acelerado

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 Se antes Harry achava que aquela cozinha estava lotada, então agora o garoto pensava que ela estava quase que deserta, comparada ao restante da casa. Não sabia ao certo o que havia acontecido ali, mas durante todo o tempo que usou para adentrar aquele cômodo, agarrar um copo limpo e convencer Louis a sair de lá, a sala de estar onde estava antes, parecia agora uma plateia de show ou um clube num sábado à noite.

Harry e Louis tinham de manter certa atenção ao passearem pela casa, enquanto seus ombros iam e vinham e seus pés calculavam milimetricamente o tamanho dos passos que poderiam dar numa determinada distância.

— Onde o Zayn disse que estaria? – o mais velho perguntou. Harry arregalou os olhos, ao mesmo tempo em que agradecia por Louis estar alguns centímetros atrás dele e não ser capaz de ver qualquer tipo de expressão no rosto do garoto mais novo.

Droga. Ele havia se esquecido de criar a outra parte do plano.

Tirar Louis de dentro daquela cozinha havia sido fácil, o difícil seria inventar qualquer tipo de história que o convencesse de que Zayn estava tendo algum tipo de alucinação forte e imaginou que talvez precisasse da ajuda de Louis.

Louis era curioso. Harry sabia muito bem disso.

— Ele não disse... – o mais novo começou, olhando ao redor.

Havia tanta gente, de idades e jeitos semelhantes, que naquele momento, todos se pareciam com Zayn. Harry estava perdido entre um mar de pessoas, e nem ao menos sabia o que estava fazendo ali no meio.

Tentava andar pela multidão com calma, mas a música agitava fazia com que todos ao seu redor chacoalhassem seus corpos e dançassem no ritmo da batida, dificultando ainda mais sua passagem por entre aquelas pessoas.

Instintivamente, uma de suas mãos acabou se jogando para trás, na direção de Louis, para mostrar que o garoto se oferecia a ser o guia oficial daquela pequena jornada, e que, se estivessem ligados de alguma maneira, todo aquele trabalho seria facilitado.

Não demorou para que Harry sentisse o calor dos dedos de Louis tocando na palma de sua mão, fazendo com que seu coração começasse a acelerar de repente, mesmo que o garoto nunca quisesse que aquilo realmente acontecesse.

— Como vamos achar ele? – Louis perguntava, inclinando levemente seu corpo para que pudesse se aproximar do mais novo e, assim, fazer com que Harry entendesse o que ele dizia com mais facilidade. Algo que talvez não fizesse muita diferença, já que o volume da música impedia aqueles dois de fazer qualquer tipo de comunicação estável durante um bom período de tempo.

— O quê? – Harry gritou.

— Como. Vamos. Achar. Ele? – Louis repetiu, ainda mais alto.

— Eu não sei! – Harry respondeu, ainda passando seus olhos por todas aquelas pessoas, antes de acabar encontrando Zayn perdido por entre elas.

Estava de costas, para sua felicidade, e longe o suficiente para que Louis pudesse nota-lo. Harry só deveria continuar colocando o restante de seu plano em prática, e ele já sabia exatamente o que fazer.

— Acho que ele deve estar lá fora... Ele me disse algo do tipo antes de me pedir para ir te procurar.

— Então vamos lá! – Louis exclamou.

— Vamos.

excuse me? // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora