— O que é que foi aquilo?! – Harry perguntou, parecendo furioso. E era exatamente daquela maneira que ele se sentia.
Sem querer, acabou descontando parte de sua frustração raivosa na grande porta daquele vestiário masculino, quando tentou fechá-la de uma única vez e acabou ocasionando um forte baque entre a porta e o batente, que ecoou exageradamente pelo restante daquele lugar.
Louis virou-se para encarar o mais novo, surpreso com a forma como Harry repentinamente passou a agir.
— Por que é que você está me seguindo?! – o rapaz questionou, tentando esconder sua expressão de espanto ou o fato de que, querendo ou não, aquela era a primeira vez que ele ficava sozinho com Harry novamente, depois de todo o incidente envolvendo namorados intrusos e visitas desagradáveis, tanto naquela escola, quanto na casa de Niall.
— Porque esse é o único momento que eu sei que vou ter para falar com você sem ser interrompido, ou tentar ser ouvido por você, que, por um acaso, está me ignorando faz dias...
Louis semicerrava seus olhos na direção do mais novo, não acreditando nas palavras que ele ouvia.
Harry se fazendo de vítima?
Louis queria rir. Afinal, ele havia levado um enorme chute em seu traseiro dado pelo outro garoto, que agora queria desesperadamente conversar com aquele rapaz, e no final das contas, era Louis o errado de toda aquela história?
Na verdade, por alguma razão, ele se sentia no direito de ignorar Harry por um longo, longo tempo, e pretendia manter aquela promessa momentânea e interior, porém, tinha a plena consciência de que não seria uma tarefa fácil, já que o garoto dos olhos verdes havia decidido fecha-los dentro daquele vestiário, e no momento, se encontrava extremamente próximo de Louis, com os braços cruzados ao peito e uma careta brava no rosto.
— Eu já disse que nós não temos mais nada para conversar...
— Não teríamos, se você não tivesse feito uma merda daquelas! – Harry esbravejou. Louis quase arregalou os olhos, mas conseguiu se controlar e apenas passou a desconfiar da possibilidade de que aquele garoto poderia estar realmente muito bravo.
Mas por que ele estaria?
Louis não conseguiu evitar e franziu o cenho.
— O que foi que eu fiz?
Harry pareceu surpreso.
— Então agora você não sabe o que fez?! – Harry interrogou, com um tom de voz um pouco mais alto que o planejado. – Quer dizer que levar Luke para a casa de Niall na sexta passada foi apenas um 'mal-entendido'? – o garoto continuava, fazendo aspas com os dedos no ar. – Ele não precisava estar lá com a gente, você fez isso de propósito!
Louis sorria de forma cínica.
— Seu namorado também não precisava estar lá com a gente, e nem por isso você deixou de convidar ele.
— Eu não sabia que você iria... – Harry respondeu, dessa vez, falando com um tom de voz mais baixo.
— Isso não muda em nada.
— Claro que muda! – o garoto subitamente apontou um de seus dedos na direção do rapaz dos olhos azuis. – Você levou Luke para lá apenas para me provocar, e me fazer sentir coisas que você sabe que eu não consigo muito bem esconder quando vocês dois estão perto!
Louis arqueou uma de suas sobrancelhas.
— Coisas?
— É, Louis, coisas! – Harry respondia, impaciente, jogando seus braços ao lado do próprio corpo e deixando eles caírem com um baque meio forte. – E de qualquer maneira, foi diferente. Você já sabia que eu estava lá e, mesmo assim, convidou ele, somente para me causar ciúmes!
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excuse me? // larry stylinson
Teen Fiction"Com licença... Você está comendo as minhas batatinhas." © studyrainballs