Capítulo 55 - Contente-se Com o Gin

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Joana arregalou um pouco os olhos. Apesar de já saber que Luke a amava, não havia nada melhor do que ouvir essas palavras no tom de sua voz. Ela riu e apertando o rosto de Luke, lhe deu um beijo estalado.

- Eu também te amo Luke – os dois riram um para o outro e por um momento, esqueceram-se de todos os problemas.

- Ai, ai, ai – Luke geme quando Joana o abraça.

- Oh! Me perdoe! – ela diz aflita.

- Está tudo bem – ele diz ainda com um sorriso – só me abrace mais devagar. Mas não deixe de me abraçar.

Joana o envolve lentamente e com cuidado.

- Ah, que bom que não morri. Imagina passar por esta Terra e não ter a chance de sentir isso... – Luke diz em tom divertido.

- Nem brinque com isso – Joana repreende.

- Mas precisamos admitir o lado bom disso tudo, não? – ele pondera – Quando eu conseguiria ter você assim nos meus braços? Na minha cama?

- Minha cama – Joana frisa o minha, com um pequeno sorriso.

- Tem razão. Você gosta mesmo de fazer diferente não é?

- Eu gosto de ser eu mesma. E se acabar quebrando algumas convenções no caminho... – Ela dá de ombros com um sorriso de lado e Luke suspira.

- Quando eu me recuperar, quebraremos todas as convenções possíveis.

- Acho melhor dormirmos – ela responde fracamente e Luke assente.

Joana o ajuda a posicionar a perna imobilizada de maneira mais confortável, e depois de mais alguns pequenos beijos, os dois dormem como não faziam há tempos.

...

Pela manhã, Samuel saiu para saber como estava a situação na jurisdição. Joana levantou-se cedo, antes de Luke acordar. Ela o admirou dormindo por um tempo. Já terminando de tomar seu café, ela vê Thomas adentrar a cozinha apoiando-se na parede.

- Bom dia – ela o cumprimenta.

- Bom dia – Thomas senta-se à mesa e Kate apressa-se a servi-lo – não precisa, eu me sirvo. Obrigada.

Thomas não está acostumado com esse tipo de tratamento. A empregada assente e volta aos seus afazeres.

- Sente-se melhor? – Joana pergunta.

- Sim. Acho que nunca dormi tanto na vida – ele diz e toma um gole de café – Ah, quero aproveitar e agradecer por... – ele gesticula com as mãos em volta de si e diante da mesa.

- Não há de quer – ela responde com um sorriso leve, ciente de que isso não é nada comparado ao que Thomas tem feito. Mas ele parece não se dar conta disso.

- Apesar de estar gostando muito da hospitalidade, não posso ficar para sempre. E se me encontrarem escondido aqui... Você tem alguma notícia nova? – Thomas sabia que se fosse encontrado ali, seria dado como cumplice de fuga ou até mesmo assassinato.

Joana lhe passa as informações que Samuel lhe dissera no dia anterior. O soldado apoia o cotovelo do braço bom sobre a mesa e segura a cabeça.

- Samuel voltará com mais notícias provavelmente – ela finaliza.

Thomas estava irritado internamente. Odiava a sensação de não poder fazer nada. Começou a pensar em Frank e no outro soldado, que os fez perder quase um dia de viajem, dizendo sentir-se mal e voltando para a cidade. Ele pensava que provavelmente ele estava maquinado com Frank.

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