Capítulo 77 - Lembrança

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- Preciso de uma pausa – Diz Edmund após ouvir Annalize.

Ele já havia ouvido Luke, Thomas, Lorenzo, Lonan e Anna. Ele estava tentando seguir uma linha cronológica dos acontecimentos. Parecia-lhe cada vez mais claro que Daguerre era culpado. Fez muitas perguntas à Anna sobre detalhes da convivência com Daguerre e da noite em que foi presa.

- Uma pausa para o almoço senhor? – Pergunta o soldado.

- Quantos faltam?

- Acredito que três senhor.

- Então prossigamos. Dispense os que já falaram.

O soldado seguiu para a improvisada sala de espera e cumpriu o que o inspetor havia pedido.

- Que tal irmos ver Tatsuo e Margot agora? – Diz Anna apertando o ombro de Lorenzo.

- Tudo bem - o rapaz já havia os visitado logo após a mudança, mas depois de tantos acontecimentos, não foi mais.

Anna sorriu, chamou Lonan que falava com Charlie, e após se despedirem dos outros, partiram para a mansão Vanklein. Antonia decidiu esperar por Luke e Joana, que foi a próxima depoente.

- Aceita almoçar comigo? – Thomas pergunta para Beth.

- Claro – ela sorri. Charlie, ao seu lado, apenas cruza os braços. Ele conhecia a irmã o suficiente para saber que ela não pediria algum tipo de autorização – Até mais Charlie.

- Até - respondeu vendo Beth cruzar o braço com o do soldado e caminhar para a saída.

...

- E Luke sabia de seu quase envolvimento com Daguerre quando começaram o relacionamento? – Edmund pergunta para Joana.

- Não. Conversamos sobre isso após o acidente.

- E como ele reagiu?

- Ahn... Ele não gostou obviamente. Mas como o senhor mesmo disse, não chegamos a nos envolver. Luke entendeu que isso foi um fato triste do meu passado. Todos temos um.

- Por que acha que Daguerre mataria o próprio irmão? Entendo pelo que disse que ele pode ser uma pessoa ambiciosa e até mau caráter. Mas ele poderia continuar sendo rico com o irmão vivo...

- A questão não é só dinheiro. Poder, status, inveja. Ele não desejava apenas conseguir muitas coisas, mas coisas do irmão. Percebe o quão perigoso é um homem que é capaz de fazer mal a outro para satisfazer os seus desejos? – Joana pergunta pesarosa e cansada.

- Estou nisso há mais de vinte anos senhorita. Pode acreditar que percebo.

- E por que ele ainda está solto?

O escrivão ergueu a cabeça em expectativa pela resposta do inspetor. "Que senhorita atrevida" ele pensava. Mas já tinha ouvido de um tudo em seus anos de profissão.

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