Capítulo 76 - Apoio

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- O que estão fazendo aqui? – Pergunta o delegado para o grupo na recepção.

- Ora, viemos falar com o inspetor, o senhor mesmo nos solicitou – responde Luke.

- Não. Não vocês. Estou falando com essa pequena multidão abarrotando a passagem da minha delegacia – ele aponta para Lonan, Charlie, Beth, Joana, Lorenzo, Antonia e Annalize, logo atrás de Luke, Thomas e Samuel.

- Eu... Bem... – pondera Annalize – tenho muito a dizer aos senhores e estava sendo impedida de fazer isso por um dos suspeitos.

Stein respira fundo. Ele soube que Annalize estava no mesmo lugar onde estava sua esposa. A qual, ainda não reencontrara. Ele recebeu uma carta de Edimburgo, Escócia, de um primo de Cecily avisando que esta estava acomodada em sua casa. Ele lembra-se bem do último trecho:

"Novamente peço-lhe. Não a incomode. Ela não sabe que lhe enviei esta carta, mas achei prudente avisar-lhe. Sua condição mental parece estar muito bem. Se a ama, deixe-a em paz".

- Vim acompanhar minha filha – Antonia diz e Stein desperta.

- Certo. A senhora está bem?

- Sim.

- Eu vim fazer uma denúncia senhor – Lorenzo fala - de agressão. E creio que tenha haver com o caso investigado pelo inspetor.

O delegado olha para ele surpreso, com o modo estoico com que se pronunciou. O jovem Lorenzo não tinha mais fraturas no corpo, mas sentia a alma ferida pela saudade do homem que lhe ensinou tantas coisas, incluindo a possibilidade de ser bom, sem querer nada em troca.

- Eu vim também para falar com o inspetor sobre Constantiny – diz Lonan - Sei que já falei com o senhor, mas...

- Certo. Certo – o delegado interrompe. Ele bem sabe como as ações de Lonan foram cruciais para a investigação.

- Também vim depor novamente – diz Joana – conheço os envolvidos, e os suspeitos, como o senhor bem sabe. – o delegado assente e olha por fim em direção as duas pessoas que ainda não se pronunciaram.

- Tenho convivido com um dos suspeitos no trabalho – diz Charlie ajeitando uma mecha de cabelo que caía sobre a testa – acho que posso contribuir de alguma forma.

- Tudo bem. E a senhorita? – Todos se voltam para Beth e seu vestido cor de jambo.

- Ahn... – Beth joga os cabelos para trás dos ombros, pensando.

- Convive com algum suspeito? – o delegado pergunta.

- Não.

- Tem alguma informação que ainda não sabemos?

- Ahn... Acho que não... – cruza as mãos.

- Uma denúncia?

- Não.

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