No decorrer da história do mundo presenciamos objetos fazerem parte de nossas vidas, damos significados à eles e muitos atravessam gerações. Mas, o que é realmente interessante são as histórias de vidas inteiras que se atravessam nessas peças, entre...
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- Estão todos em casa? – Annalize pergunta após descer do cavalo. Ela e Lonan chegam em frente da casa dele.
- Provavelmente. O sol está quase se pondo, devem ter voltado da feira.
Ela passa as mãos nas laterais do vestido secando o suor. Ela já conhecia Sihu, mas agora seria apresentada aos pais. E um leve nervosismo pairava sobre ela. "Será que vão gostar de mim?".
Lonan termina de retirar as sacolas dos cavalos e as coloca na varanda. Leva os cavalos para a estrebaria ao lado e ri de Anna que segue cada movimento seu.
- Pronta? – Ele estende a mão para ela em frente à porta.
- Sim – eles dão as mãos.
Lonan dá duas batidas na porta, apesar de poder abri-la. É seu pai, feliz e animado que abre a porta.
- Filho! – Ele o abraça rápido – Senhorita! – A abraça também – que bom que estão de volta. Vamos. Entrem!
John chama o resto da família da sala e Sihu e Muriel chegam da cozinha, juntamente com um pequeno animal latindo desesperadamente atrás delas.
- Ah menina! É um prazer conhece-la – Muriel abraça Anna que começa a perceber que isso deve ser algo comum na família – você é belíssima.
Anna cora e agradece. É abraçada por Sihu em seguida.
- Você está bem?
- Sim. Na medida do possível sim. Graças a seu irmão.
John dá pequenas batidas no ombro de Lonan, orgulhoso. Lemon/Peter pulava nas pernas de Anna como se também quisesse um abraço.
- Peter! – Anna pega o cachorro no colo e seus olhos marejam um pouco. A lembrança de encontra-lo na floresta lhe vem à mente, como aquela época que, apesar de não fazer tanto tempo, lhe parecia muito distante.
- Peter? – John pergunta baixo para Lonan.
- Depois explico – responde no mesmo tom e sorri com a cena.
- Bem, vou avisar ao Mark que chegaram – diz John, indo em direção à casa do vizinho que trabalha como condutor de um simples cabriole.
- Sentem-se queridos – pede Muriel e vai rapidamente a cozinha buscar um pote com biscoitos amanteigados.
Anna senta-se olhando em volta da pequena sala e imagina Lonan crescendo ali. Ela o observa comer os biscoitos com vontade quando Muriel os trás, enquanto faz carinho em Lemon/Peter.
- Coma também menina.
Anna sorri para Muriel e come o biscoito que derrete em sua boca.
- São deliciosos – ela diz ainda mastigando.
- Te passo a receita. Lonan adora estes biscoitos – a senhora dá uma piscadinha para Anna.
- Quando vão se casar? – Sihu pergunta direta e Anna abre a boca, mas não saem palavras.
