22 de janeiro de 2010 - Primeira vez de Santana

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(Rachel)

Andy Mastrantonio era um dos jogadores mais populares do time de futebol da escola. Como o sobrenome sugeria, era descendente de italianos. A família possuía uma rede de padarias em Lima e Dayton, e era cliente do escritório de contabilidade de Russell Fabray. Havia alguns garotos com fama de garanhões em McKinley. Harry Morgan, Noah Puckerman, Andy, Jonas Lance, só para citar os principais. Harry Morgan era namorado de Frannie Fabray desde quando eram sophomore, mas fidelidade não era o forte entre os dois. Noah Puckerman, que pertencia à pequena mais unida comunidade judaica de Lima, fazia o tipo rebelde bom de cama que tratava bem as mulheres. Jonas Lance era o único conquistador famoso que não era um atleta. Ele tinha um site de poesias (lindas por sinal) e defendia a poligamia: circulava com duas namoradas fixas pela escola.

Andy Mastrantonio não era poeta, não tratava bem as mulheres e nem tinha a namorada dos sonhos ao lado para acender a cobiça de terceiros. Era um sujeito bonito e rico, fato, mas de talento duvidoso e que se achava dono da cidade. Considerava esta uma combinação das mais perigosas.

A população escolar de William McKinley estava ciente que Andy era mau-caráter. Por isso não entendia como uma pessoa como Santana pôde cair nas garras dele. Um dia cruzei com os dois no pequeno pátio interno da escola, que era ocupado nos dias de chuva e neve. Estavam conversando e rindo um para o outro. Achei plausível de os dois se falavam porque a companhia masculina das cheerios costumava a ser de atletas. No dia seguinte, Santana saiu com ele para ir ao cinema. Quem vai ao cinema em dia de semana (apesar da entrada mais barata)? Meus pais permitiram e apreciaram o fato de que Santana voltou no horário correto. Andy também foi o primeiro garoto que se apresentou propriamente lá em casa. Era como se as intenções em namorar minha irmã fossem as melhores possíveis.

Eu alertei, discuti, disse que esse sujeito não prestava. Disse palavras que se Santana estivesse presente, teria avançado no meu pescoço. Minha irmã só tinha 15 anos recém-completados e estava à mercê de um vampiro, um sugador de almas com fama de desvirginador de garotas inocentes. Andy estava longe de ser como aqueles garotos bobos que levavam a gente aos bailes na época de Junior High. Meu pai disse que sempre estaria vigilante, mas papai me perguntou do jeito dele se estava com ciúmes de Santana. Claro que não estava! Mas confesso que fiquei mortificada ao vê-la com os lábios grudados nos dele. E assim foi por mais de uma semana.

"Eu odeio esse cara!" Resmunguei para Brittany. Ela foi ao meu encontro para me emprestar uma roupa extra depois de mais um ataque comandado por Quinn Fabray. Estava começando a pensar seriamente a levar uma muda de roupa para a escola e deixá-la no meu armário.

"Ele é do time de futebol e Santana é uma cheerio. Os dois têm de ficar juntos. São as regras, entende?"

"Não entendo. Essas regras não passam de uma tradição idiota baseada em puro comodismo e preconceito." Não agüentava mais ver aquele grude e fui em direção aos vestiários para trocar de roupa, Brittany continuou a me acompanhar. "Bem que você poderia ajudar!"

"Ajudar como? Coisas de escola é com a San. Eu posso te ajudar na sua dança... ainda é muito ruim, se quer saber".

"Britt, foca no problema aqui por dois minutos. Será que não vê o grande quadro aqui? Santana é inexperiente e Andy é um cretino. Ele vai fazer mal para a minha irmã, eu posso sentir. É o meu sexto-sentido potencializado com o fato de sermos gêmeas. Eu simplesmente sei." Suspirei. Achava exaustivo ter de explicar sempre o óbvio a Brittany.

Tirei minha blusa arruinada e me limpei o melhor possível antes de colocar a emprestava. Tinha levado tantos slushies que desenvolvi boas técnicas de limpeza dentro de um banheiro público. Usava chuveirinho para lavar o cabelo, toalhas de rosto começaram a fazer parte do meu material escolar, assim como aquelas amostras grátis de condicionadores. Só não tive jeito de levar o secador. Pensava em comprar um pequeno exclusivamente para a escola e guardá-lo no armário. Vesti a blusa de frio de Brittany. Ficou um pouco grande e não combinava com o resto do conjunto, mas era melhor do que continuar ensopada.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora