08 de fevereiro de 2012 - Get it right

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04 de fevereiro de 2012

(Quinn)

Quando Rachel falou do projeto sobre escrever uma música original, achei mesmo incrível. O que não esperava é que ela viesse com umas idéias estranhas. Escreveu música sobre arco de cabelo e sobre a saga do nascimento dela. Um horror! Rachel não estava entendendo o próprio sentido da música original, então eu apresentei um verso de um poema que fiz.

"What have i done/ Wish i could run/ Away from this ship going under/ Just trying to help/ Hurt everyone else/ Now i feel the weight of the world is on my shoulders."

Não quis explicar as circunstâncias que me levaram a escrever tais coisas. Foi algo que rabisquei no meu caderno durante as férias enquanto absorvia o fato de ter entregado a minha filha, a minha Beth, para adoção. Rachel aceitou o meu silêncio, e disse que gostou muito daquilo. Seria o início de uma música cheia de drama, paixão e outros sentimentos fortes. Ela disse isso com tantos gestos e caretas, que fez transparecer a descendência italiana que dizia ter.

Na sexta-feira começamos a trabalhar duro nos versos seguintes. Escrevemos e reescrevemos várias frases dentro de um ritmo primário até que chegamos a algo assim:

"All the things you can do when you are good enough/ but all that I touch tumbles down/ cause my best intentions/ keep making a mess of things/ I Just wanna fix it somehow/ but how many times Will it take/ for me to get it right."

Estávamos desenvolvendo o resto da música quando Mercedes invadiu o auditório junto com Artie. Os dois estavam falando ao telefone e depois estouraram a bomba: Santana deixou as cheerios e estava promovendo uma festa comemorativa só com as pessoas do coral na casa dela no fim de semana. Rachel entrou em pânico. Explicou que o dr. Juan Lopez viajou para um Congresso e confiou que as filhas se comportassem, por isso não deixou ninguém para vigiá-las. Eu entrei em pânico porque sem Santana ou Brittany, a nossa apresentação nas regionais com as cheerios ficaria comprometida: eu ainda tinha o projeto de conseguir uma bolsa de estudo para a faculdade em voga.

Fiquei com raiva e fui tirar satisfações. Cheguei a empurrando: como ela poderia fazer aquilo com o time? Santana me empurrou de volta, seguidas vezes até que eu caísse no chão. Então ela disse com uma estranha calma: "Tenho que estudar para Stuyvesant e preciso desistir de uma atividade extra ou não terei tempo. Entre as cheerios e o coral, fico com o Nova Direções." Nesse mesmo dia soube da razão pela atitude repentina de Santana: Brittany estava de mudança para Los Angeles. Realmente não tinha mais razão para que Santana ficasse em Lima se ela tinha uma rota segura de escape.

Fiquei com inveja. Quem me dera se tivesse uma chance, qualquer uma, por menor que fosse, para sair de Lima e deixar todo esse inferno para trás. A grande verdade é que a minha luta para sair de Lima não era mais pelo fracasso ou sucesso: eu só queria sair dessa mediocridade e poder ser eu mesma: queria sair do armário, queria traçar o meu próprio destino, queria viver.

...

Odiava não ter carro. Lima era uma cidade grande suficiente para dispor de um sistema de transporte urbano elementar, mas ele só funcionava para locomoção nas principais avenidas e para atender os funcionários da refinaria, que alimentava a economia da cidade. Era isso e a montadora da Ford: vizinha ao sistema correcional da cidade. Todo o resto, dos os grandes prédios da cidade, o centro relativamente desenvolvido, funcionava em função dessas duas empresas que, sozinhas, eram responsáveis por metade da grana que circulava na cidade, direto ou indiretamente. Pelo menos era o que meu pai sempre discursava. Fechasse a refinaria e a montadora: Lima morreria, como aconteceu com várias cidades pequenas do país que dependiam diretamente da economia gerada por uma ou duas empresas.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora