19 de fevereiro de 2012 - Beijo roubado

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18 de fevereiro de 2012

(Rachel)

"Santy, eu não te entendo. Metade do seu guarda-roupa é ocupado com vestidos curtos e colados no corpo. A outra metade só tem jeans, jaquetas e camisetas de bandas! Parece até que são duas pessoas diferentes dividindo o mesmo espaço!" Dei uma boa olhada no guarda-roupa da minha irmã. O relógio marcava cinco e vinte da manhã.

"Agora que você percebeu?" Colocou a mala dela na porta do quarto.

"Você precisaria de uma roupa mais adequada para ver um musical na Broadway."

"Primeiro: eu não estou indo à Nova York para assistir musicais, ao contrário de você. Segundo: não vou assistir a uma droga de musical. Terceiro: se tiver a oportunidade de sair, vai ser para ir a um show, não para o teatro. Quarto: mesmo se quisesse ir ao teatro, acho que minhas blusas, minhas botas e minhas calças são perfeitamente adequadas."

"Ainda acho..."

"Ray, eu vou à Nova York para fazer uma droga de prova, ok? Acredito que a minha camiseta do White Stripes com essa calça jeans desbotada vão ser perfeitamente adequadas. Pra quê vou levar os vestidos se não estou interessada em ficar bem para ninguém?"

Olhei sério para a irmã. Santana tinha preparado uma mala maior do que a minha. Separei as roupas que usaríamos na competição mais duas mudas além de um pijama. Era mais do que suficiente para um fim de semana. Santana não. Além das coisas da competição, ela preparou uma mala para passar três dias em Nova York, sendo que em um deles, ela passaria em Stuyvesant High School fazendo um teste de admissão. Caso ela passasse, e a minha intuição dizia que sim, se mudaria para Nova York no verão. Era muito estranho pensar nisso.

"Quais a chances reais de você passar?" Sentei na cama enquanto observava Santana arrumar uma pequena mala de mão.

"Remotas... sei lá... como vou saber?" Resmungou. "Tem certeza que você quer discutir isso às cinco da manhã?"

"Como remotas? Você é um gênio!"

"Posso ser para os padrões de Lima. Não se esqueça que a educação que recebo em McKinley é inferior ao que é visto em Stuyvesant. Ouvi dizer que os alunos de lá aprendem calculo de nível universitário. Como eu posso competir com isso?"

"Mesmo você fazendo classe especial?"

Santana resmungou. Não gostava de ser lembrada que freqüentava a classe dos super-nerds de McKinley, como costumava dizer. Era uma aula de conteúdo avançado freqüentada por apenas 11 alunos: aqueles que tinham QI acima do normal e precisavam de estímulos especiais. Santana era assim com a matemática. Ela não gostava de falar a respeito, mas um dia ela contou que passa a maior parte do tempo em silêncio fazendo exercícios e que pouco interage com os colegas dentro de classe, a não ser nas dinâmicas de grupo. Por outro lado, apreciava ser testada academicamente. Tinha pouca paciência com o trivial e a professora de cálculo era sua principal vítima. Chegava a ser bulling.

"Acha que vamos passar pelas regionais desta vez?" Mudei de assunto.

"Nosso número da primeira etapa é muito bom, mesmo que polêmico. Sinceramente, acho que é o nosso mais forte. Mas se a gente conseguir passar a primeira etapa, as músicas inéditas vão impactar. Temos de pensar que desta vez precisamos eliminar 11 equipes para passar às nacionais."

"O que me preocupa é que a única equipe que temos conhecimento são os Warblers. Ao menos sabemos que eles são previsíveis. Blaine deve cantar alguma coisa da Pink, ou Katy Perry, ou qualquer outra música pop que figure no top 10 da Billboard da semana."

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora