18 de dezembro de 2015 - Alô, alô, câmbio

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(Rachel)

Eu estava numa missão de aniversário. Santana e eu iríamos completar 21 anos. Era a nossa maior idade em definitivo. A data marcava oficialmente que éramos adultas. Não poderíamos ser mais declaradas como dependentes do meu pai no plano de saúde ou no imposto de renda. Para mim significava muito mais que isso. Era a data que cumpriria um acordo que fiz com papai quando tinha apenas nove anos de idade. Por muito tempo cheguei a esquecer o trato, mas com a proximidade da data, pelo fato de papai não estar mais entre nós e pelo ano corrido e intenso que vivi, a história não saía da minha mente.

Sei que a maior parte das pessoas quando faz 21 anos reúnem os amigos e vai se embebedar num bar qualquer. Mais ou menos como foi celebrado os 21 anos de Quinn. Aquilo era o clichê desejado. Mas não para mim. O meu aniversário seria especial em todos os sentidos porque estaria numa caçada ao tesouro. Para isso, seria imprescindível a presença de Santana. Ela não tinha idéia do que eu queria fazer e reclamou uma barbaridade quando apresentei duas passagens de avião de ia para Portland e passei uma semana fazendo intensa chantagem emocional para que ela me acompanhasse.

Santana desejava o clichê. Ela sonhava com a festa dos 21 anos desde os 12. Claro que na cabeça de pré-adolescente dela (com algumas modificações posteriores), a festa seria realizada em Las Vegas com a presença de Brittany e todos os amigos que ela julgava importantes na época. Eu não faria parte da comemoração porque Santana aos 12 anos me considerava chata, irritante, boca grande e indesejável. Nove anos depois, só consegui reverter o indesejável no conceito que a minha irmã tem de mim e agora seria convidada para a festa. Ela ainda me chama de chata e irritante. Não me chama mais de boca grande, mas deve pensar a considerar a relutância que ela tem em dividir certas coisas pessoais comigo. Levaram semanas para contar o que houve entre ela e Johnny, só para citar o exemplo mais recente.

Pulei de alegria quando chegou na manhã de quinta e vi a mala de Santana pronta para irmos ao aeroporto. Nossos laços sanguíneos e genéticos sempre falaram mais alto.

"Ok, Frodo, espero que essa viagem se faça valer, apesar de eu não saber o que possivelmente a gente vai fazer no fim do mundo chamado Oregon. Com tantos lugares interessantes para se ir à costa oeste, porque a gente vai logo ao pior?"

"Eu te conto quando chegarmos lá." Disse cantarolando.

"Para quê tanto mistério?" Santana estava inquieta.

"Não vou estragar a surpresa." Cantarolei mais uma vez.

"Eu te odeio, Rachel Barbra Berry-Lopez." Cruzou os braços. "Você é a pessoa mais irritante do mundo. Como pode isso ser humanamente possível? Qual é o problema de você me dizer a razão de me arrastar até o fim do mundo?"

"Que eu me lembre bem, você gostou do fim do mundo uma vez."

"É, eu tinha uns oito anos..."

"Nove." Corrigi rapidamente.

"Tanto faz. Era uma criança e a gente viajou num verão. Não num inverno intenso às vésperas de completar 21 anos!"

"Lá é mais quente do que aqui. E tem vulcões."

"Tomara que essa viagem seja mesmo importante, Rachel Barbra Berry-Lopez. Para o bem da sua integridade física!"

Eu poderia responder falando o nome completo dela também, mas Santana detestava o nome do meio e isso poderia deixá-la ainda mais nervosa. Já era bom o suficiente ela ter decidido me acompanhar sem eu precisar dopá-la ou algo nesse sentido.

O táxi não demorou a nos levar até ao aeroporto. Eu poderia ter pedido para Quinn nos levar e depois permitir para que ela ficasse com o carro. Por fim achei melhor não. Ela estava empenhada em faze a matéria extra na faculdade que lhe garantiria créditos mínimos para formatura e com o estágio. Eu não queria atrapalhar.

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⏰ Última atualização: Mar 05, 2018 ⏰

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Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora