29 de maio de 2010 - Título nacional

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(Quinn)

O verão estava batendo à porta. Só restava mais duas semanas de aula em McKinley High. Haveria muitas mudanças lá em casa, a começar pela ausência de Frannie. Ela estava de saída para Austin para cursar Negócios antes de ingressar na universidade. Era uma das melhores do mundo e meus pais não poderiam estar mais orgulhosos: principalmente papai, que não poupou esforços ou orçamento para dar a ela do bom e do melhor. Frannie moraria no melhor alojamento do campus e teria uma mesada gorda. Papai pagou os dois primeiros anos do curso à vista de forma antecipada: tudo para Frannie só se preocupar em viver coisas da faculdade e estudar.

Eu também estava muito feliz por minha irmã, apesar de tudo que passamos. Para celebrar, a minha família marcou férias na ensolarada Califórnia, apesar de ser um lugar cheio de latinos invasores, como papai gostava de frisar. Seriam duas semanas de paz para conhecer um lugar diferente e distante de Ohio, de Lima, de Finn, de Rachel e de todos os outros problemas que me afligiram durante o ano.

Antes disso, no entanto, teria o prazer de comemorar o meu primeiro campeonato nacional de cheerios como capitã. As meninas de Sue Sylvester deixaram os adversários no chão durante as finais realizadas em Miami, na Flórida, num evento televisionado para todo território. Até o meu pai esqueceu um pouco da bronca que ele estava comigo por ter traído Frannie para me parabenizar. Mamãe disse que eu estava ótima na televisão e que chorou quando recebi o troféu como capitã. Brittany ganhou um prêmio individual de melhor performance feminina (nossa coreografia dependia totalmente dela) e um garoto de uma escola de Nevada ganhou na categoria masculina. Fomos recebidas como heroínas, e o diretor quase teve um orgasmo diante do gordo cheque que conseguimos para McKinley.

Santana e eu conversamos sobre organizar uma festa só com as cheerios para comemorar. Uma em que a gente pudesse aproveitar a companhia umas das outras em um ambiente diferente e relaxar um pouco, sem garotos ou pessoas de fora. Era também uma forma de se despedir de algumas cheerios veteranas e de outras garotas que estavam de saída de McKinley, como Amy: a família dela estava de mudança para Cleveland. Ainda foi preciso debater qual casa abrigaria melhor a festinha. A minha estava descartada. Meus pais estariam em casa e eles são o tipo da pessoa que sugam atenção. Também seria desrespeitoso com Frannie. A casa de Amy era uma alternativa, mas ela tinha um pai e um irmão pouco confiáveis. Era capaz de duas ou três meninas terminassem nas camas deles e ela não estava afim de dramas e confusões. Nem nós.

Sobrou a casa de Santana como opção. O problema não era espaço, uma vez que ela morava num casarão de arquitetura moderna com uma área privada do resto da casa, piscina e tudo mais que fosse preciso para passar uma manhã inteira de proveitos. O problema era convencer os pais delas: Santana estava de castigo por brigar com Rachel na escola. E a culpa foi totalmente de Rachel.

As duas saíram se esmurrando pelos corredores numa das cenas mais inusitadas da história de McKinley. Tudo começou com uma fofoca que se espalhou pela escola de forma viral. De repente, todos os meninos começaram a dar em cima de Santana e Brittany de forma descarada. Numa pequena investigação, descobrimos que as duas fizeram uma suposta aposta para saber com transava com mais garotos até o final da semana. Claro que era mentira ou, pelo menos, Santana e Brittany juraram de pés juntos que isso não passava um boato maldoso. Cheguei a pensar que tivesse sido a minha irmã que espalhou a história só pela maldade, mas Frannie já estava com a cabeça fora de McKinley, contando os dias para ir embora de Lima. Claro que Frannie continuava a detestar Santana e estava se divertindo com a situação.

"Claro que não fui eu." Frannie me disse enquanto voltávamos para casa naquele dia. "Mas você não viu a cara daquela vaca? Quem fez isso foi um gênio idiota!" Gargalhou.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora