03 de setembro de 2012 - Escolas e empregos

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24 de agosto de 2012

(Quinn)

Eu não sei o que esse idiota do Finn Hudson veio fazer em Nova York. A sim, lembrei: para tentar ganhar a minha namorada de volta. Disse no telefonema que fez trabalhos extras durante o verão para conseguir o dinheiro para vir a Nova York. Ele pode até ter trabalhado, mas isso só foi um artifício para aumentar a dramaticidade da história e fazer com que minha Rachel valorizasse mais a presença dele. A realidade é que Finn sempre foi o filhinho da mamãe que nunca conseguiu manter um emprego por mais de uma semana. A não ser na oficina de Burt Hummel, isso porque é do padrasto.

Rachel estava uma pilha de ansiedade quando saiu com Mike Chang para buscar o tal gigante com peitos na Penny Station. Eu não poderia porque estava trabalhando nos reparos dos cenários. Quando aceitei o emprego escravagista, não pensei que fosse para tanto. James Golvi e Roger Benz pagam muito mal, mas exigem perfeição. Isso sem mencionar Denise.

"Soube dos boatos?" Carlos, outro escravo da produtora, disse enquanto costurava alguns tecidos.

"Sobre o quê?"

"Os medalhões estão trabalhando noutra peça. Uma off. Estive no escritório ontem e vi Roger fechando acordo com dois patrocinadores."

"Legal!" Não estava interessada naquele momento. Só pensava em Finn Hudson fazendo companhia para a minha namorada. Sozinhos. Fiz mil e uma recomendações para que Mike atrapalhasse e ficasse entre os dois, mas eu não confio na competência do meu amigo para esse tipo de tarefa.

"Legal? Se eles estão fechando com uma peça nova, é sinal de que essa aqui vai mesmo sair de cartaz e a gente perde nossos empregos."

"Será mesmo?" Carlos ganhou minha atenção. "Ainda não entendo muito dos negócios da Broadway, mas essa peça lotou o Flea por dois meses. As críticas são ótimas. Rachel já fez umas duas entrevistas por causa disso."

"Mesmo assim, a festa de despedida ainda está marcada. E Rachel ainda nem tem um agente..." Disse baixinho.

"Vacilo dela. Tem que conseguir um o mais rápido possível, senão ela ficará de fora do circuito profissional. Tirando a R&J, a maioria absoluta dos produtores só trabalha com atores agenciados. O que aconteceu com ela e com os outros caras da peça foi uma raridade. Uma oportunidade em um milhão, entende?"

"A mãe dela indicou alguns. Acho que Rachel vai começar por esses da lista."

O assunto morreu. Mas agora meu estômago estava embrulhado por mais coisas e todas envolviam Rachel. Estava mais preocupada com ela do que com o meu próprio emprego. Sabia que de um jeito ou e outro ia sobreviver. Os freelas que fiz para o senhor Weiz me deram uma boa referência e alguns serviços extras começavam a aparecer na página do meu Facebook que montei com fins profissionais.

Carlos e eu terminamos de fazer os reparos próximos ao meio dia e ainda esperamos Denise nos liberar. Neste meio tempo, ainda passamos um pano úmido no palco e reforçamos as marcações. Liguei para Santana. Ela estava prestes a terminar o expediente e estava contando os dias para terminar com aquele serviço. Odiava ser recepcionista e o inferno dela acabaria no fim do mês. Livrava do trabalho, mas não da empresa.

"Rachel não te disse?" Ela disse ao telefone.

"Disse o quê?"

"Ela quer que a gente almoce todos juntos por causa do Finnept, mas não disse onde. Parece que ela e Mike estão rodando com gigante do interior pela cidade grande."

Meu sangue ferveu. Só em imaginar aquele panaca, logo ele, falando imbecilidades para a minha namorada. Com certeza ele sequer lembraria que Rachel era uma garota comprometida comigo. Cinco minutos depois, recebi uma mensagem de texto da própria. Assim como Santana me adiantou, era para encontrá-los no Max, na 181 Duane st, próximo do Flea. Era o tipo do restaurante que só freqüentávamos uma vez por mês e olha lá: e nem era um lugar de luxo: estava mais para mediano com comida boa. De qualquer forma, o restaurante era freqüentado por Roger Benz, sobretudo porque ele conhecia o proprietário. Fiquei furiosa por Rachel tentar impressionar o idiota.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora