7 de setembro de 2010 - Óvulo fecundado

254 11 1
                                    


(Quinn)

Estava nua abaixo da cintura. Puck estava sobre mim fazendo movimentos ritmados com os quadris de vai e vem, vai e vem. Não sabia se gostava ou não daquilo. Minha mente estava confusa por causa do álcool. Precisava reorganizar minhas idéias. Ponto um: estava na cama com Puck. Ponto dois: estávamos fazendo sexo. Ponto três: era a minha primeira vez. Ponto quatro: bebi wine coolers demais. Ponto cinco: minha estima estava uma porcaria.

Como cheguei àquele ponto?

Tudo começou com os eventos intensos que marcaram a semana anterior. Soube que o coral estava sob nova direção do professor William Schuester depois que um aluno denunciou o velho careca traficante por assédio sexual. A escola inteira sabia quem era o fornecedor interno, menos o diretor, aparentemente. De qualquer forma, o aluno cuja identidade era mantida em sigilo tirou o velho careca da sala de aula. Senhor Schuester assumiu a posição e montou um novo coral com as presenças de Rachel Berry-Lopez, o garoto da cadeira de rodas, Kurt Hummel, Mercedes Jones e a menina freshman asiática gótica. Era só mais uma combinação de perdedores naquela escola. Até fiquei com pena de Rachel: ela nunca participava de uma iniciativa vencedora. Não achava que se envolver com aquele grupo de nada pudesse ajudá-la.

Precisava manter a minha torcida só para mim. Por fora, tinha de mostrar estar feliz por mais um retumbante fracasso da diva loser número 1 de McKinley High. Mas as coisas começaram a mudar quando saí para um dos intervalos e vi Santana às gargalhadas com Brittany. As duas estavam conversando em uma das mesas do pátio externo.

"Ei!" Me aproximei da dupla. "Boas novidades?"

"Talvez!" Santana limpou as lágrimas que corriam de tanto ela rir.

"Ficaram sabendo da confusão no novo coral? Dizem que Mercedes Jones quase saiu nos tapas com a sua irmã."

Santana disparou a rir mais uma vez. Brittany, àquela altura, estava cuidando para que a amante secreta dela não engasgasse ou coisa parecida. Fiquei sem entender. Logo ela que já havia me dado um soco no olho para defender Rachel. Achei que ela fosse ficar nervosa com a notícia.

"O coral..." Santana tentou respirar para falar. "Aquele bando de fracassados..." Eria. Eu não entendia a graça.

"O que aconteceu?" Perguntei diretamente à Brittany porque Santana estava incapacitada de estabelecer um diálogo normal.

"Não soube?" Brittany sorriu enquanto amparava Santana.

"Não soube o quê?"

"Seu namorado entrou para o coral."

"Eu sabia que ele era gay!" Santana disparou a rir mais uma vez.

Meu mundo parou. Nem em um milhão de anos eu poderia esperar por aquilo. Santana apontava para mim e não conseguia se conter. Entendi a razão por ela estar se divertindo tanto. O abalo que a notícia provocou me deixou incapaz de pensar rápido em uma resposta ou talvez numa ameaça. Saí dali furiosa. Não me importava se Finn fizesse parte de mil corais e se apresentasse transvertido de drag queen. O que me interessava era de que ele e Rachel Berry-Lopez estariam juntos, cantando duas vezes por semana durante sabe-se lá quanto tempo.

"Diz que não é verdade! Diz que você não entrou para o grupo de perdedores do coral!" fechei a porta do armário de Finn na cara dele. Ele saltou para trás e me puxou gentilmente para uma sala vazia, como se falássemos do assunto mais delicado do mundo. Naquele momento, era mesmo.

"Eu não tive escolha, ok? Eu fui obrigado..."

"Por quem?"

"Olha Quinn. Não é nada demais. Só são alguns ensaios por semana. Nada demais. Nem vai atrapalhar nos meus treinos de futebol. Eu até que gosto de cantar."

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora