17 de agosto de 2014 - O amiguinho

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17 de agosto

(Quinn)

Rachel e eu estávamos juntas há dois anos. Nesse tempo, estávamos muito a vontade não apenas no sexo como em também discutir sobre o sexo, em especial quando estávamos praticando. Sabia de coisas que ela curtia e que ela detestava, e vice-versa. Por exemplo, Rachel odiava conversa suja. Chama-la de nomes que não fossem carinhosos durante o ato, nem pensar. Ela até que não reclamava de um tapinha ou dois no bumbum: era algo que tinha de ser usado com muita parcimônia. Se ela julgasse que uma posição era degradante, não fazia. No máximo, ficar de quatro para eu penetrar por trás. O principal era que Rachel era uma garota de penetração: ela realmente curtia isso.

Eu era um pouco diferente. Não estava muito interessada em falar durante o ato, a não ser se fosse para dizer coisas que estava afim de fazer. Também não me importava com algumas palavras sujas, mas o que era certo é que era nenhum pouco verborrágica. Eu sempre estava disposta a tentar novas posições e lugares. Curtia alguma aventura, como fazer rapidinhas em lugares públicos. Achava excitante. Gostava de penetração. Era gostoso, mas o meu lance sempre foi mexer com a minha pequena Quinn, como às vezes chamava o meu clitóris. Era preciso dar uma assistência especial ao meu botãozinho para eu chegar ao orgasmo.

Às vezes usávamos dois pequenos vibradores para brincar um pouco mais. Um, eu tinha desde quando estava grávida de Beth, o outro comprei depois que comecei a namorar Rachel. Ela era aberta a usar esses brinquedos, desde, como na primeira guerra, ela não julgasse degradante. Pois bem, um dia eu finalmente tive coragem de propor o uso de um strap on. Rachel ficou em dúvida, e disse que teria de ver na hora se ela se sentiria confortável em me ver usando um.

Isso me levou a uma loja de lingerie que tinha um sex shop no Brooklin: o mesmo que ia de vez em quando comprar besteirinhas e roupas de baixo. Tinha descido no subsolo, onde funcionava a sex shop, apenas em uma ocasião para comprar o vibrador. Desta vez, minha busca era menos modesta. Olhava os modelos que imitavam pênis, mas eles não pareciam certos.

"Em que posso ajudar?" Perguntou a vendedora que, sério, se vestia como se tivesse saído de uma igreja.

"Procuro uma cinta..."

"Preferência por algum modelo?"

"Eu... olha, e não sei bem."

"É a primeira vez que você vai tentar?" Acenei e a vendedora, sendo o mais profissional possível. "É você quem vai usar ou a sua namorada?"

"Majoritariamente eu, acho..."

"Você se sente confortável com esses modelos?" Mostrou os que replicavam um pênis.

"Não muito..."

"Bom, eu tenho alguns modelos ótimos aqui." Me encaminhou para outra prateleira. "Tem de várias cores, tem com vibradores, com plugs e são fáceis de vestir."

"Com plugs?"

"Assim..." A vendedora pegou um modelo e me mostrou. "Ele tem essa parte menor que você encaixa na sua vagina e tem essa anatomia que fricciona o seu clitóris enquanto você faz o movimento. Assim, fica bom para você e bom para ela."

"Acho que esse é... interessante."

"Qual o tamanho?"

O danado é que a vendedora era boa. Saí do sex shop com o strap on, lubrificador, mais um brinquedinho e todas as instruções para higienização e tudo mais.

Cheguei em casa e encontrei ninguém. Sabia que Rachel estava num evento à trabalho e que Santana estava possivelmente na faculdade. Era a ocasião perfeita para preparar o quarto para a noite especial, afinal, eu iria praticamente tirar a virgindade de Rachel pela segunda vez. Arrumei a cama e deixei três velas pronta para serem acesas. Coloquei duas taças no criado mudo para tomarmos vinho, preparei a seleção de música e arrumei o nosso banheiro para um banho antes ou pós-sexo. Iria esperar as coisas acontecerem.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora