21 de abril de 2015 - Amazed

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(Rachel)

"Você não deveria ter vindo aqui!" Santana reclamou. "Devia ter ficado em casa se preparando para gravar amanhã."

"Primeiro: nós não deveríamos ter vindo aqui sem um advogado. Segundo: meu papel está muito bem estudo, obrigada por sua preocupação. Terceiro: você está em péssima forma: não come direito, não dorme direito, não pensa direito. Emagreceu a olhos vistos... De jeito nenhum que eu iria deixar você enfrentar esse Don Vitor Corleone sozinha. Quarto: esse assunto diz respeito a nós duas..."

"Por favor. Diga que não existe um quinto item!" Santana me interrompeu.

"Eu tenho uma lista!"

"Claro que tem." Ela revirou os olhos.

Entramos na antessala do escritório do senhor Weiz. Não o via há muito tempo. Nem me lembro mais qual foi o último jantar que fui à casa dele, e desejei menos ainda revê-lo desde quando soube que ele deu um tapa no rosto de Santana e despejou em cima dela segredos de família que deveriam permanecer ocultos. Eu não saberia como iria reagir ao reencontrá-lo. A imagem que tinha dele de um avô substituto rapidamente se transformou para um de mafioso violento que estava louca para arrancar-lhe os olhos. Sim, passei a ter medo dele e, principalmente, passei a temer por Santana, por outro lado, queria descontar cada tapa que minha irmã recebeu.

Não acreditava que ele fosse fazer alguma estupidez ou que fosse dizer mais podres sobre nossa família. O que poderia haver de pior do que revelar que bubbee foi a prostituta particular dele? Isso era ainda pior do que a revelação que papai era filho biológico dele e não de zaide. O que esperava era uma conversa civilizada. Algum entendimento e que ele fosse gentilmente parar de dificultar a vida da Rock'n'Pano. Santana me explicou que o fato de muitos dos empresários de Nova York não recebê-la limitava a ação dela. Era uma redução de quase 70% do poder de demanda que era prejudicado, mas que ela estava estudando caminhos alternativos.

"Oi Cho." Santana cumprimentou a secretária com uma surpreendente simpatia. A mulher era asiática e parecia estar em seus 40 anos. "O chefe está me esperando?"

"Diria que sim." Ela olhou com curiosidade em minha direção. "Você deve ser Rachel! Eu só te conhecia por uma foto no celular da sua irmã".

"Sim... Rachel Berry-Lopez." Cumprimentei. Ela sorriu rapidamente e voltou a atenção para Santana mais uma vez.

"Vou anunciar a chegada das duas." Depois inclinou-se um pouco mais sobre a mesa e sussurrou. "Tenham cautela. O humor dele está horrível e um dos advogados está lá dentro. Ouvi dizer que o senhor White está cuidando especialmente do caso de vocês, seja lá o que for".

Acabei sentindo alguma simpatia pela secretária. Santana sempre falava boas coisas da senhora Cho. Dizia que ela funcionava como uma espécie de olhos vivos de Weiz nos corredores da empresa. Todos os dias ela trabalhava na sala de recepção da presidência, apesar do presidente pouco ir à empresa em pessoa. As duas se falaram mais na época em que Santana foi estagiária e depois o contato foi ocasional. A moça tinha lá uma simpatia.

Entramos no escritório em seguida. Era a minha primeira vez ali dentro. Imaginava que fosse enorme e bem decorado. Nesse ponto, não fiquei decepcionada. Senhor Weiz estava sentado na poltrona atrás da mesa dele enquanto o advogado – o mesmo que veio nos visitar – estava em uma das cadeiras em frente e eles pareciam muito à vontade. O senhor Weiz e o advogado se levantaram assim que nos viu. Olhei para a minha irmã, e ela estava visivelmente tensa, com o maxilar pressionado e os olhos fixos no velho homem.

"Boa tarde Santana e Rachel. Fico grato que as duas apareceram." ele disse com um sorriso desagradável no rosto. "Por favor, vamos nos sentar à mesa?" Indicou a mesa de reunião para oito pessoas que havia ali fazendo posição ao jogo de sofá.

Saga Berry-Lopez e Fabray (história 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora