# Capitulo 117#

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<Pensamento Harry*on>

- Amor? – Gritei assim que entrei em casa mas não obtive qualquer reposta.

Subi até ao andar de cima e da Emma nem sinal. Onde ela andará?

Sai mais cedo do conservatório para passar o resto da tarde com ela, mas se ela já saiu da agencia há uma hora, onde está ela?

Sei que ela está triste com a partida dos pais. Desde que os deixamos, ontem no aeroporto, que ela está meio murchinha e eu queria tentar anima-la de alguma maneira.

Sinto-me tao feliz por a ter aqui em casa, que ainda nem estou em mim. Quando acordei hoje e a vi a dormir profundamente ao meu lado, um enorme conforto apoderou-se de mim. Ter a certeza de que esta agora é a nossa casa, deixa-me como que a levitar no ar e consequentemente isso faz-me sorrir como uma autentica criança.

Apesar de tudo e de não ter sido a primeira vez que a vi acordar, só hoje percebi que partilharei isto com ela por toda a minha vida e essa ideia fez o meu coração bater forte. Isso quererá dizer algo. Algo que eu ainda não sei até que ponto pode ainda me mudar ou completar.

Tirei o telemóvel do bolço do meu casaco preto, com esta procura toda nem o despi. De imediato marquei o número dela e meti o telemóvel a chamar.

Emma: amor? – A voz dela soou depois do terceiro toque.

- Bebé, onde estas?

Emma: numa esplanada ao lado da agência. E tu?

- Estou em casa. Queria fazer-te uma surpresa mas pelos vistos ainda não tinhas chegado.

Emma: desculpa amor, eu não sabia. – Ela falou carinhosamente.

- Não tens culpa amor. Mas queria estar contigo.

Xxx: Emma queres que traga para ti também? – Uma voz masculina soou longinquamente.

Emma: não obrigada. – Ela respondeu à tal pessoa.

Xxx: está bem, Em. – Posso jurar que conheço esta voz.

Roy! Austin! Merda, é ele!

O meu coração começou a bater fortemente, mas desta vez era a raiva que o comandava. Eu não tinha dúvidas de quem pertenceria aquela voz de merda!

Como pude ser tao burro e não perceber logo?

- Estás com quem? – Precisava de uma confirmação.

Emma: hum… Com a Cara e com o Roy. – Notava receio na sua voz.

- E estas bem?

O senti todo o meu corpo a ficar tenso, confesso que começara a ficar um quanto alarmado. Era mais forte que eu.

Emma: sim, claro que sim. – Ela falou pausadamente.

Merda! Não aguento a ideia que ele esteja tao perto da Emma, da minha Emma.

- Eu já vou prai. – Falei rapidamente.

Emma: não vale a pena amor, eu na…

- Eu já estou a sair. – Interrompi-a enquanto fechava a porta do prédio.

Sem mais demoras, desliguei a chamada e as minhas pernas tomaram uma velocidade considerável até ao meu carro.

Meti a chave na ignição e de imediato meti o carro em andamento.

Eu não acredito que ela está com ele. Porque raio ela ainda se dá com ele mesmo sabendo que não vou com as trombas dele?

Não adiantar andar a pedir a deus, a quem raio ele seja, para que ela se afaste daquele pulha porque esse senhor nunca me irá ouvir. Eu tenho de fazer algo, há casos que só o ser humano poderá intervir e eu farei de tudo para que coisas destas não voltem acontecer.

* Sweet Trouble *  (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora