Psychologist- H.S (Parte 2) #PEDIDO @debiterto

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PARTE 2

Um paciente achar que está apaixonado por seu psicólogo é algo mais comum do que muitos imaginam. Mais comum ainda quando a paciente já passou por tantas perdas como Déborah passou. Desconfio que a mesma não se apaixonou por mim, mas sim está transferindo o que ela sentia por seu falecido noivo para mim. A transferência é muito comum, mas também é dolorosa.

Mais um dia de trabalho se finda e saio cansado da minha sala dando de cara com Josy a arrumar a sala de espera.

-Josy, posso te pedir um favor?

-Claro, doutor! O que quer?

-Sabe a Déborah? Preciso da ficha dela... Vou transferi-la para Louis e preciso de alguns dados.

-Posso fazer isso se o senhor quiser.

-Não, eu mesmo o farei-Sorrio- Só preciso disso. Pode me mandar por e mail?

A senhora se assenta de frente para seu computador e em questão de segundos sinto meu celular vibrar.

-Já fiz, doutor.

-Obrigado, Josy. Agora vou para minha casa e você também já deve ir descansar.

-Já estou indo, doutor...-Ela sorri e eu aceno um tchau saindo do local.

Entro em meu carro e abro novamente a ficha de Déborah pegando o endereço da mesma e colocando em meu GPS.

A preocupação que sinto por ela está me rendendo noites sem dormir há uma semana, desde quando ela saiu pelas portas do meu consultório ao me deixar sem falas.

Por mais que eu saiba que seu sentimento não é real e que seja apenas uma transferência, uma confusão de sentimentos, me sinto de alguma maneira, responsável por ela.

Dirijo até seu endereço e paro em frente a uma pequena casa que não fica muito longe do meu consultório.

Nervoso, saio do carro e caminho até a porta. Minha mão sobre até a campainha e seu toque se faz ouvir.

Um arrastar de chinelos sinaliza que alguém caminha até a porta e a mesma se abre em instantes revelando Déborah com um olhar que, apesar da depressão, eu nunca o tinha visto tão sem brilho, opaco.

-Doutor Styles? O que faz aqui? Ou melhor, como sabe meu endereço?- Pergunta claramente surpresa.

-Harry, por favor-Peço- E você pôs seu endereço em sua ficha lá no consultório.

-Ahh...-Ela parece se lembrar- O que faz aqui?

-Vim ver como você está.

A mulher a minha frente suspira e tira seu corpo do caminho dando passagem para que eu adentre em sua casa. Entro na casa e Déborah vem atrás de mim.

-A gente sobrevive. Vivemos um dia de cada vez...-Ela fala.- Mas não precisa se preocupar, Doutor... não sou mais sua paciente.

Me sento no sofá de sua sala e ela senta em uma poltrona a minha frente.

-Eu sei que não é mais minha paciente, mas creio que desenvolvemos uma amizade ao longo das consultas. Amigos se preocupam, Déborah.

-Eu juro que preferia não te ver por um tempo-Ela fala- Me desculpe estar sendo direta, mas... é que é bem mais fácil lidar com a perda se você não tem mais contato com a pessoa.

Eu já sabia que ela estava mal, mas suas palavras magoadas me desnorteiam e fazem com que eu me sinta um dos piores homens do mundo.

-Você não está apaixonada por mim... Apenas está transferindo para mim tudo o que sentia por seu noivo que morreu. Você viu em mim ele e começou a desenvolver sentimentos por mim. Só que isso nunca poderia dar certo por que...

-Por que você é meu médico e não gosta de mim como eu gosto de você.

-Por que o sentimento não é real! É apenas uma farsa do seu subconsciente e quando você cair em si, se algo acontecer entre nós, os dois sofreremos.-Acabo de explicar- Eu vim aqui para ver como você está e recomendar um amigo meu que também é psicólogo já que me envolvi demais e não posso mais ajudar você- Estendo minha mão com um cartão para ela- Dr. Tomlinson, ele é muito bom.

-Obrigada, mas você não está entendendo o que eu sinto, Harry. Ele pode ser bom, mas ele nunca vai ser você.-Ela fica com seus olhos marejados- Eu gosto mesmo de você, Harry... acredito que quando o sentimento é verdadeiro nós sentimos algo e eu sinto que é verdadeiro. Eu sei que não posso te prejudicar.

-Eu não sou mais teu psicólogo, você não me prejudicaria, mas eu temo por você. E se você descobrir que nada disso é real? Vamos fazer assim. Continuamos amigos, você vai às consultas com Louis e o tempo dará as respostas que você precisa.

-Você está falando como se gostasse mesmo de mim.

-Você mexeu com meupsicológico, Déborah... Estou tão confuso quanto você.


CONTINUA!

VAMOS DEIXAR A ESTRELINHA BRILHAR NÉ, MORES?! BEIJOS!

CURTAM E COMENTEM! EU AMOOOO ISSO!

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