4 네 • NE

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Ana acordara com dor por todo o corpo, sentindo a cabeça latejar e a boca seca. Não sabia onde estava e levou um tempo até se situar que aquele local não era seu apartamento. Última coisa que lembrava era de encontrar Namjoon acordado e ir atender a ahjumma Im, depois não se lembrava mais de nada.

Se sentou na cama e pode sentir que usava apenas uma camisa branca, bem maior que seu corpo. Olhou em volta e pode observar onde estava: um quarto grande, totalmente branco, móveis em madeira, decoração rústica é minimalista. Achou bonito e elegante.

- Bom dia, dorminhoca. - Namjoon estava sentado em uma poltrona, do outro lado do quarto. Bebia uma xícara de café com leite, enquanto comia uma fatia de torta, preparado pelo chef da mansão. Estava somente de calça moletom, cabelos molhados penteados para trás denunciavam que o platinado acabara de tomar banho. Os curativos ainda permaneciam em seu corpo, tapando as marcas de tiro que deixariam cicatrizes.

- Onde eu estou? - A estudante perguntou, ainda sonolenta, mas já nervosa.

- Na minha casa, mais precisamente no meu quarto. - Namjoon terminara de tomar o café e continuava a comer a torta, não se afetando com a convidada.

- O que houve? Por que eu estou aqui? Não lembro de nada. Ai que dor de cabeça. - Ana passou uma das mãos pela testa para tentar amenizar a dor, sem sucesso.

- Eu que deveria estar lhe fazendo perguntas, não você. - O mafioso falava com tranquilidade. - Tem um remédio ao seu lado, tome.

Ana se virou e encontrou no criado-mudo uma bandeja com um suco laranja e uma cartela de comprimidos. Abriu um e engoliu, em seguida tomando um pouco de suco para matar a sede. Se sentia doente e conforme ia despertando, o medo começava a aparecer.

- Que horas são? - A brasileira puxou conversa, após esperar alguma ação do homem, que ainda comia tranquilamente.

- Sete da manhã. - Disse simplista. - Achei que você não demoraria a acordar após a coronhada, mas acabou virando a noite.

- Por que eu estou aqui? - Perguntou receosa. Sabia que estava em problemas, mas diante do ocorrido, esperava estar em um porão acorrentada e não em uma cama extremamente confortável com cheiro amadeirado.

- Para conversarmos. - Namjoon terminou sua refeição e começou a recolher as louças na bandeja, se levantando e indo em direção a saída do quarto.

- Onde você vai? - Ana perguntou apressada. - Não disse que iríamos conversar?

- Não agora. Tome um banho, se vista e coma o que trouxerem. Tenho mais o que fazer.

- Mas que horas vamos conversar? - A brasileira insistiu.

Namjoon parou com uma das mãos na maçaneta da porta, enquanto mantinha a outra equilibrando a bandeja. - Quando eu decidir. Talvez amanhã ou depois.

- Mas eu tenho que ir embora, tenho minhas coisas para fazer, minha vida, não posso ficar aqui. - Ana já estava de pé, mais nervosa ainda.

- Então que tivesse pensado nisso antes de me tirar de dentro da caçamba de lixo. - Namjoon estava sério, encarando a estrangeira em sua frente.

- Eu salvei sua vida... - Ana choramingou em um sussurro, mas que fora ouvido pelo mafioso.

- E acabou se condenando. - O platinado fechou a porta, deixando a brasileira sozinha no quarto.

Ana continuou parada, transtornada. Não sabia o que fazer e já começava a chorar. Tinha medo que ele a matasse ou até a traficasse para o mercado sexual. Limpou as lágrimas que teimavam a escorrer e se pôs à tomar banho, sabendo que ficar ali lamentando suas atitudes não resolveria nada.

JOPOK | Namjoon [BTS]Onde histórias criam vida. Descubra agora