Superman - O Sinal

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Jonathan tentava lembrar como era a vida antes de ter Clark ao seu lado. Nos trabalhos na fazenda o jovem o ajudava sempre, exceto quando estava no colégio. Jonathan olhava para Clark e o via crescer e se tornar um homem e sentia se agradecido por ter o filho que sempre quis.

Nesse dia à tarde Jonathan percebeu que o jovem estava muito contente e fazia o trabalho com mais vontade do que normalmente.

-Notei que você está muito contente Clark, alguma novidade?- perguntava Jonathan.

-Ontem eu estava correndo como sempre faço, mas notei que minha velocidade estava maior do que antes e quando percebi estava flutuando e de repente comecei a voar como um pássaro. – disse Clark a seu pai com muita empolgação.

Jonathan ouviu atentamente e começou a coçar a cabeça e tirou o boné. Se sentou e chamou Clark para conversar.

-Alguém viu você voando Clark?

-Não, sempre corro pelos campos onde ninguém pode me ver e na velocidade que estava nenhuma pessoa me identificaria.

-Tem que tomar cuidado filho. Não sabemos o que pode acontecer e quantos poderes mais você pode ter. Precisa aprender a controla-los.

-Eu estou controlando cada vez melhor os meus poderes. Às vezes me sinto invencível pai. – disse Clark olhando para o pai e depois se virando e olhando para o céu e sentido uma imensa vontade de voar através do mundo inteiro.

-Isso é um sentimento que todo adolescente tem na sua idade, mas acredite Clark, a vida sempre mostra que as coisas não são bem assim. Eu já passei por isso mesmo sem ter poderes. Depois de mais velho vi que a vida exige responsabilidades e você com os poderes que possuí terá mais responsabilidades do que qualquer um. – disse Jonathan olhando sério para seu filho.

-Eu sei e já falamos sobre isso antes, mas não posso ficar escondendo para sempre quem eu sou. – disse Clark com certa impaciência.

-Martha e eu sabemos muito bem disso filho. Não vamos prender você aqui. Sabemos que você está destinado a fazer grandes coisas pelo mundo e inspirar outros a fazer o bem. Você gosta de ajudar as pessoas, mas saiba que nem sempre você conseguira salvar todas as pessoas. Lembro como você ficou quando sua avó Glória morreu de câncer uns anos atrás. Você não podia fazer nada. -disse Jonathan olhando para o filho que até hoje sofria por não poder salvar a avó. Quando pequeno Clark ouvia sua avó contar histórias sobre heróis que sempre apareciam para salvar as pessoas nos momentos de perigo. Essas histórias influenciaram muito a personalidade de Clark que sempre se imaginava salvando as pessoas.

-Só não entendo por que tenho tantos poderes e nenhum deles me foi útil para salvar uma pessoa que amava tanto. Eu não quero perder mais ninguém que amo. Queria poder trazer as pessoas de volta a vida. – dizia Clark dando pequenos socos na cerca com a cabeça baixa e se sentindo impotente diante da realidade humana. – Quando voei toda essa angustia desapareceu da minha cabeça e senti que podia fazer qualquer coisa. – disse se virando e olhando para seu pai.

- Não quero que sofra meu filho. Você é muito jovem para carregar tanto peso nas costas. Quero que sinta se livre de qualquer coisa que o atormenta. Não é hora para isso ainda. – disse Jonathan pegando Clark pelos ombros e o abraçando.

Um dia depois Clark estava muito ansioso e estava se arrumando para sair e ir ao encontro de Lana. Ele estava com um terno escuro e uma gravata vermelha. Sua mãe o viu se arrumando e foi ajeitar a gravata que estava torta.

-Assim está melhor filho. Quem é a garota com quem você vai sair?

-O nome dela é Lana Lang. Estudamos juntos na mesma turma.

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