Plano em prática

651 84 2
                                    


Assim que verificou que Paulo estava apagado, Luiza foi até onde tinha escondido o pedaço de corda e a garrafa vazia. Depois vai até a cozinha para pegar uma faca. Assim que está com todos os itens que irá usar, ela retorna para o quarto os depositando em cima da cama, onde Paulo dormia pesadamente.

Foi até o esconderijo da caixa e retirou de lá todo o seu conteúdo, os guardando em sua bolsa. Depois voltou a sua atenção para os itens que tinha depositada na cama.

O primeiro item utilizado por ela foi a garrafa. A pesou três vezes, passando de uma mão para outra ao mesmo tempo que criava coragem para fazer o que tinha em mente.

Luiza fechou os olhos, segurando a garrafa pelo gargalo, a lançou com toda força que teve em seu proprio rosto. O fundo da garrafa bateu diretamente em seu rosto, o impacto causando um corte imenso na maçã do seu rosto. Ela afou de dor, se curvando e buscando apoio em seus joelhos deixando que a garrafa marcada com o seu sangue rola-se pelo chão do quarto. O sangue não demorou a lavar o seu rosto e manchar a roupa que estava usando.

Luiza precisou de mais alguns minutos para recuperar as forças.

Assim que conseguiu se colocar de pé, ela pegou a corda, passou pelo seus pulsos, amarrando tão fortes o quanto possível. Assim deixaria marcas. Assim que terminou, Luiza sentou-se na cama, onde Paulo dormia, e ali aguardou.

Já estava anoitecendo quando Paulo começa a dar sinais que estava despertando, no mesmo instante Luiza pega a faca para cortar a corda em volta dos seus pulsos, os livrando, mas deixando marcas ao redor.

Paulo, ao acordar, começou a passar mal.

Vomitou no piso de ladrilho do quarto e reclamou de dores de cabeça e falta de ar.

Através de Jornada, ex esposa de Paulo, com quem criará uma falsa amizade. Luiza descobriu que o mesmo sofria de asma e bronquite. Ela sabia do risco que corria ao dopá-lo, mas precisava que ele estivesse desacordado para criar um álibi ao seu favor, para que assim recuperasse tudo aquilo que ele poderia usar contra ela, mesmo que as consequências dos seus atos causasse a morte dele.

Assim que conseguiu se livrar das cordas, Luiza correu para segurar Paulo, enquanto ele continuava a vomitar.

Assim que conseguiu parar de vomitar, ele falou:

- Minha cabeça... A minha cabeça parece que vai explodir. – Reclamou Paulo. – Eu... Não. Estou. Conseguindo. Respirar. – Falava pausadamente, enquanto tentava levar ar para os seus pulmões enquanto lidava com a forte dor de cabeça.

- Você precisa ir ao pronto socorro. Me diga onde colocou as chaves e onde fica a senha. – Pediu Luiza.

- Muita. Muita dor.

- Meu amor, tente me dizer onde está. Vaos lá! – Insistiu Luiza.

- Chaves. Cesto. Entrada. Senha. Nassau. Muita. Dor - Respondeu Paulo pausadamente.

- Espera! Vou procurar algo para a dor. – Disse Luiza.

Paulo estava tão absorvido por suas dores que não foi capaz de notar que os pulsos e rosto de Luiza estavam machucados.

Poucos minutos depois, Luiza retorna com um copo com água e deu a ele junto com um comprimido para dor, o que só piorou as coisas.

Paulo começou a arregalar os olhos e a entrar em pequenas convulsões.

Ele estava pálido como um cadáver.

Rapidamente Luiza o vestiu, com certa dificuldade, depois servindo como apoio o ajudou a chegar até o carro. O colocou no banco do passageiro depois voltou para pegar sua bolsa e documentos. Assinou no painel, na parede lateral da entrada a senha de segurança. Assim que deu partida no carro no notou que Paulo estava perdendo a consciência.

- Não morra. Não agora, seu maldito! – Gritava com ele, tentando o manter conciente.

Depois de algum tempo na estrada, que para Luiza pareceram uma eternidade. Ela conseguiu chegar até o hospital. Ela parou o carro de qualquer jeito na porta de entrada de emergência e desceu com toda velocidade para pedir ajuda. Luiza ainda estava vestida com sua roupa ensanguentada. 

Era vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora