Minha culpa

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A chegada do segurança, só aumentou a ira do homem. Visivelmente alterado por conta da alta quantidade de álcool que ingeriu e demonstrando ser perigoso para as pessoas presentes naquele ambiente. Um dos seguranças, que observava a distancia, notando que o homem estava armado, solicitou o auxilio da força militar. Nesta altura, já podia se notar a presença de um freelance.

Enquanto o homem estava sendo encaminhado a delegacia para prestar esclarecimento, Gizelly permaneceu ao lado de Luiza a incentivando a prestar queixa sobre as agressões, tanto física quanto verbal. Ela se recusava, mas não deixava claro os seus motivos. Nem mesmo a conversa com o policial a fez mudar de ideia.

Depois de esclarecer o ocorrido, Gizelly a levou até onde estava hospedada. Por todo o caminho, Luiza preferiu se apegar ao silêncio. Assim que a deixou, seguiu para casa.

A confusão tinha roubado mais tempo do que Gizelly havia julgado. Chegou ao seu apartamento um pouco mais da meia noite, a sua tarde tinha sido cansativa, mas nada se comparava a noite de confusão a qual se meteu.

Quando chegou no quarto, notou o notebook aberto em cima da cama, mas Rafaella não estava nela. Pensou que a esta altura ela estivesse dormindo. Ao não encontra-la em seu quarto, voltou sua atenção para o notebook, a tela ainda estava acesa. Ao perceber o que provavelmente Rafaella estava lendo, o seu coração se apertou em preocupação. A matéria distorcida naquele site, poderia ter causado um grande mal entendido na vida das duas.

Gizelly saiu procurando por todo o apartamento, o seu coração se apertava a cada cômodo que passava e constatava a ausência de Rafaella. Gizelly se perguntava onde Rafaella poderia ter ido. Procurou pelo seu celular, só agora se dando conta que o tinha deixado no modo silencioso. Havia varias mensagens e ligações perdidas. Tentou entrar em contato com Rafaella, mas ela não atendia suas ligações. Mandou uma mensagem para Manu, pedindo para que viesse para o seu apartamento o quanto antes.

Gizelly procurou pela governanta, a este horário ela já estaria de volta do seu dia de folga e provavelmente já estaria dormindo, mas ela deveria ter alguma noticia sobre para onde Rafaella tinha ido.

Foi até os seus aposentos e bateu na porta. Levou alguns segundos para obter uma resposta.

- Madalena, desculpa o horário, mas você sabe para onde a Rafaella foi? Antes de sair ela deixou algum recado com você?

- Não, pensei que estivessem juntas. – Respondeu a governanta em confusão.

A noite de Gizelly tinha acabado de ser elevada ao nivel alto de ruim. Seu coração se apertou. Praguejou por ter deixado ficar incomunicável. Se algo tiver acontecido a Rafaella, era jurava que nunca iria se perdoar.

Foi para a sala, com a governanta seguindo os seus passos. Retomou o celular e começou a entrar em contato com possíveis pessoas que poderiam saber do paradeiro dela. O que infelizmente se tratava de uma lista muito pequena. Gizelly estava em ligação, estava focada em sua missão, não notou o telefone fixo do apartamento tocar.

- Desculpa interromper, mas a senhora tem uma ligação urgente de uma tal de Hariany Almeida. Eu disse que não era uma bom momento, mas ela insistiu em falar com você.

Gizelly pediu um momento para a pessoa na ligação do seu celular e foi atender ao telefone. Se a enfermeira de Bianca estava ligando aquele horário, aquela ligação deveria ter a ver com Rafaella, pressentiu.

- Bicalho falando. – Quase gritou, quando pegou o telefone.

- Srª Bicalho, você precisa ir ao Hospital Israelita o mais rápido possível. – disse Hariany, sem preâmbulos.

Era vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora