Ainda na metade

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Logo após se despedirem, o senhor Pyong Lee partiu em retirada, deixando para trás uma Gizelly reflexiva sentada a mesa. Toda aquela situação estava pesando demais para ela. Sua vida era simples, nunca precisou provar que estava falando a verdade a ninguém. Sempre teve sua vida sobre controle, nunca se importou com o julgamento alheio. Seus relacionamentos, mesmo sendo casuais, eram pensados antes de tudo. Sempre evitou ter algo sério com alguém, justamente por evitar sofrimentos que julgava desnecessários.

Agora se questionava o que a fez mudar tanto, mudar seus princípios e visão de tudo. Queria entender como uma paixão tinha esse poder na vida de uma pessoa. Pegou seu celular, procurou pelo nome de Rafaella. Assim que achou apertou na discagem.

A cada toque da chamada, a ansiedade e necessidade de escutar a voz do outro lado da linha aumentava. Seu coração estava batendo tão forte, que fez com que Gizelly acreditasse que pudesse ser ouvido do outro lado do saguão.

- Calma Gizelly, é só uma ligação profissional. – Disse pra si, enquanto aguardada Rafaella atender a chamada.

No ultimo toque Rafaella finalmente atende. Sua voz estava ofegante ao falar.

- Oi, Pronto! – Disse Rafa assim que atendeu.

Gizelly permaneceu por alguns segundo sem emitir uma única palavra. O ciúmes tomando conta do seu corpo e de sua imaginação. Conteve a vontade de pergunta o motivo da demora e da voz ofegante.

- Oi! Liguei para informar sobre as aulas. Esta semana você estará afastada, assim poderá descansar devidamente. Liguei para que não se apresse em voltar ainda hoje para a escola. - Disse Gizelly, usando seu tom profissional.

- Não vejo a necessidade deste afastamento, estou bem. – Responde Rafaella, agora em uma voz suave, após recobrar o folego.

- Me preocupo com meus funcionários e nunca que deixaria que trabalhassem após passar por algo como você passou. Se com eles não permito, imagine você que não é uma simples funcionaria. Estou te ligando para lhe deixar ciente que suas funções na escola estão temporariamente suspensas. Sem margem para questionamento ou oposição a minha decisão. – Gizelly agora fala usando uma voz firme.

Rafaella dar um suspiro audível do outro lado da linha, em sinal de que tinha perdido aquela batalha, mesmo antes de começar a trava-la.

- Tudo bem, se assim deseja. – Disse Rafaella.

- Mais uma coisa, caso precise de algo, desta vez não deixe de me procurar. Estarei sempre aqui para o que você precisar. Você sabe que pode contar comigo, não é? – Pergunta Gizelly, agora em uma voz aveludada.

Agora foi a vez de Rafaella ficar em silêncio. A tenção da ligação estava palpável. A conversa entre as duas na sala de Gizelly tinha sido intensa, e ainda pairava sobre elas.

- Sim, sei que sim. Obrigada! – Responde Rafaella em um sopro de voz.

Gizelly pensa em contar sobre o investigador e sobre o vídeo que podia dar uma nova perspectiva para a cena vista por Rafaella, mas algo a fez desistir. Não que achasse que Rafaella iria acabar contando algo pra Bianca, mas achou melhor manter o encontro com o detetive em segredo até o momento mais adequado.

- Não precisa agradecer. – Disse Gizelly.

- Você... – Rafaela dá uma pausa antes de concluir sua fala. – Está bem?

Aquela simples pergunta pareceu tão complexa para Gizelly. Está bem fisicamente? Bem mentalmente? O que Rafaella queria saber? Gizelly queria dizer o qual mal estava por tudo aquilo que estava acontecendo com elas. Queria falar o quanto sentia a falta de estar com Rafaella e o desejo por tê-la em seus braços.

- Estou bem sim, obrigada por perguntar. – Gizelly escolheu guardar seus questionamentos pra si.

- Que bom! – Disse Rafa, em uma voz vacilante.

- Preciso desligar. Espero que realmente me procure se precisar. Fica bem! – Disse Gizelly.

- Espero que você também fique bem. Até!

- Ate! – E após dizer isto, Gizelly finaliza a ligação.

Assim que finalizou a chamada Gizelly saiu do hotel, precisava voltar a escola para verificar as filmagens e enviá-las para o sr. Lee. Assim que chegou em seu carro pegou novamente seu celular, desta vez discando o número secretaria da escola. Gabriella não demora em atender.

- Escola Tomoeda, Boa tarde! – Atende Gabriella usando sua saudação rotineira.

- Oi Gabi, é Gizelly. Preciso que você entre em contato com o pessoal da TI, peça para que o responsável me encontre em uma hora. – Diz Gizelly.

- Certo, mas preciso lembra-la que a senhora tem uma reunião marcada neste mesmo horário, com a sra. Mc Gowan. Não tenho como cancelar. - Lamentou a secretária.

Gizelly Tinha esquecido mais uma vez desta reunião tão importante. Antes de sair da escola, Gabriella a tinha informado que a sra. MC Gowan tinha confirmado sua vinda a cidade para o encontro entre as duas, encontro este que já fora cancelado por duas vezes anteriormente.

- Certo, faça o seguinte. Peça para o responsável do TI está na escola em 20 minutos, sem atraso. Obrigada por me lembrar mais uma vez da reunião. Já estou retornando para a escola. – Disse Gizelly.

Assim que acionou a partida do carro, sentiu todo o peso do dia cair sobre os seus ombros. Ainda estava na metade dele e já tinha acontecido tantas coisas. Respirou fundo, se reposicionou no assento do banco antes de sair em direção a escola.



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Roi, pessoas...

Queria dizer o quanto estou feliz em está dando vida a esta fic. Ver o desenrolar da história e a interação de vocês com ela é tão gostoso. Eu raramente respondo os "comentes" que vocês deixam aqui, mas saibam que leio cada um deles. Cada comentário, cada curtida alimenta ainda mais a vontade de escrever procês.

De todo o meu coração...

Muito obrigada por fazer parte desta história. Logo, logo volto com mais. Xero ;*

Era vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora