Um veículo em fuga da polícia colidiu com o táxi em que Rafaella e Bianca estavam ocupando, causando o acidente que fez com que o veículo atingido capotasse. O impacto foi de uma violência extrema na lateral, do lado em que Bianca ocupava. Tudo aconteceu em dois, no máximo três segundos.
Antes de que percebessem o que tinha acontecido, seus corpos foram sacolejados com a força do impacto enquanto recebiam uma chuva de estilhaços pelo corpo. E assim, Rafaella desmaiou, após alguns minutos recobrou a consciência, presa ainda ao cinto com alguém lhe chamando.
O motorista tinha conseguido sair do acidente praticamente ileso, sofrerá pequenos arranhões por conta dos estilhaços. Agora tentava verificar o estado das suas passageiras.
- Estão bem? – Perguntou o motorista do táxi num sotaque carregado, fazendo com que Rafa olhasse para o lado. O taxista estava parado do lado de fora do táxi. – Já ligaram para o pronto socorro. Vou tirá-la daí.
- Não consigo tirar o cinto. Ajude a minha amiga. – Pediu Rafa.
O Taxista consentiu e foi verificar o estado de Bianca, que estava desmaiada, não quis move-la pois sua situação aparentava ser grave. Então voltou-se para Rafaella, viu que ela já tinha tirado o cinto, ajudou-a a sair do táxi através da janela.
- Não me respondeu. Está bem? – Insistiu o motorista.
Rafaella ainda estava atordoada, tanto pelo acidente como pela preocupação ao ver Bianca desacordada.
- Bianca?! – Disse ao notar a ausência dela.
- Ela ainda estar no carro, acho melhor que aguardemos o resgate chegar. – Respondeu o motorista.
Rafaela que estava sentada no chão ao lado do carro, se levantou correndo para o lado em que Bianca ainda estava presa. Seu coração voltava a bater descompassadamente. O medo de encontrá-la morta ou gravemente ferida a lhe assustava e estava lhe causando ânsia. Mesmo assim juntou todas as suas forças para verificar o estado em que ela se encontrava.
Os minutos entre o acidente e a chegada dos paramédicos pareceram horas para Rafaella, que se manteve ao lado de Bianca enquanto aguardava a chegada dos paramédicos.
Rafaella não queria acreditar no que estava acontecendo. O seu coração batia depressa enquanto observava os paramédicos movendo-se rapidamente, retirando Bianca ainda desacordada do táxi e a transportavam para uma ambulância. Assim que colocaram a maca com Bianca dentro da ambulância, Rafaella subiu e sentou-se ao seu lado.
A ambulância logo ganhou "vida", e começou a se mover em direção ao hospital. Sua sirene acionada, pedindo que abrissem o caminho para que ela passasse. Rafaella, agora fazia uma oração silenciosa para Bianca enquanto os paramédicos faziam os primeiros atendimentos.
Assim que chegou ao destino, a ambulância parou na entrada principal do hospital. Várias ambulâncias estavam paradas em frente a urgência e era grande a afluência naquele fim de tarde de sábado.
Assim que retiraram a maca de dentro da ambulância, a levam para algum lugar do hospital. Rafaella, como só tinha um corte na cabeça. Foi deixada para trás, aos cuidados de uma enfermeira.
- Boa noite, me chamo Emma, vamos! - Disse a enfermeira estendendo o braço para Rafaella.
- Me chamo Rafaella, para onde estão levando a Bianca? – Perguntou apreensiva.
Rafa tentou obter informações para onde Bianca estava sendo levada, mas a enfermeira insistia em querer limpa o local do corte em sua testa e verificar seu estado.
- Vamos, ela está em boas mãos. Agora precisamos cuidar dos seus machucados. – Respondeu a enfermeira de forma gentil.
- Preciso saber se ela está bem.
- Sua amiga está em boas mãos. Assim que terminamos você terá notícias dela. – A enfermeira disse dando um sorriso consolador para Rafaella. – Muito bem, vamos.
Rafaela foi encaminhada para a enfermaria, enquanto Bianca estava sendo levada para outra sala. Assim que a enfermeira tratou dos seu ferimento na testa, ela retornou para a sala de espera, para aguardar notícias sobre o estado de saúde de Bianca.
Já se passava da meia noite quando Rafaella foi informada por um médico que Bianca estava bem, mas ficaria internada para submeter-se a mais exames.
- O prognóstico da Bianca é muito reservado. – Disse o clinico, enquanto tirava os óculos, com um ar de cansaço. – Ela sofreu hemorragias internas provocadas por uma das fraturas que...
- Mas ela vai fica bem, não vai? – Interrompeu Rafaella, não conseguindo conter a ansiedade em saber que Bianca iria sair ilesa daquele hospital.
- É preciso que compreenda que o acidente foi mais grave para a Bianca. A paciente está bem, mas precisa ficar internada para submeter-se a mais alguns exames. – Respondeu o clinico.
Rafaella permaneceu na sala de espera, tomada por uma grande apreensão e ansiedade, aguardando para poder finalmente ver Bianca e ter notícias mais concretas. Já se passava das duas da madrugada quando pegou no sono, sentada em uma das poltronas da sala.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era você
FanfictionUma romântica incurável que não consegue manter um relacionamento, mas que sonha muito viver um clichê digno dos livros de Jane Austen. Uma Solteira convicta, em quer sua felicidade estar em não manter laços afetivos com suas companheiras de cama. ...