A raiva que marcela sentia transpareceu em seu olhar.
Rafaella descruzou as pernas e levantou.
- Luiza deve ter dito mentiras para você, Deve ter te usado. Gizelly não é nenhum monstro, e eu posso garantir. Já não posso dizer o mesmo da sua amada. Se eu fosse você, agradeceria por não está mais sobre as garras dela. Você merece alguém que realmente se importe com você e te ame de verdade. Você é uma mulher incrível e inteligente, sei que uma hora vai acordar e enxergar quem ela realmente é.
- Por favor, vá embora. – Pediu Marcela.
Quando Rafaella abriu a porta deu de cara com Gizelly, apoiado na parede do lado de fora do escritório. Ela agarrou o braço de Rafaella com a mão, mas seus olhos estavam concentrados em Marcela.
- Fique longe dela. – Gizelly disse num tom áspero.
Marcela deu um sorrisinho carregado de malícia.
- Foi ela que veio até mim.
O sorriso que Gizelly abriu em resposta fez Rafaella estremecer.
- Quando Rafaella aparecer, é melhor você sair correndo na direção oposta.
- Engraçado. Foi o mesmo conselho que eu dei a ela sobre você. – Rebateu Marcela.
Rafaella mostrou o dedo do meio para a loira.
Bufando, Gizelly a pegou pela mão e a tirou dali.
- Que história é essa de ficar mostrando o dedo para os outros? – Perguntou Gizelly, enquanto a conduzia pelo corredor.
- Que é que tem? É um clássico.
- Você não pode entrar aqui deste jeito! – Repreendeu a recepcionista quando elas passaram por ela.
- Não precisa mais chamar a polícia. Já estamos indo. – Gizelly a encarou.
- Você está me seguindo? - Rafaella tentando se livrar da mão de Gizelly.
- Não. Pare de se debater. Tanto o meu carro quanto o seu possuem um rastreador por satélite.
- Você é maluca. Sabia disso? – Esbravejou Rafaella.
- Ah, sou? E Você? Resolveu sair aí interrogando todo mundo. Luiza. Marcela. O que você está fazendo, Rafaella?
- Não é da sua conta. – Rafaella levantou o queixo. – Terminamos, esqueceu?
Gizelly cerrou os dentes. Estava com uma aparência de elegância e urbanidade, mas irradiava uma energia incontrolável e febril. O contraste entre o que Rafaella via e o que estava sentindo aumentou seu desejo. Ela adoraria ter aquela mulher por baixo daquelas roupas. Cada pedacinho delicioso e indomável dela.
Entraram no elevador. A excitação tomou conta do corpo de Rafaella. Gizelly tinha ido atrás dela. Aquilo tinha a deixado com tesão.
Gizelly foi para cima de Rafaella, com uma das mãos nos seus cabelos e a outra na sua bunda, atacando a boca dela com um beijo violento. Gizelly não perdeu tempo. Foi logo enfiando a língua entre os lábios de Rafaella.
Rafaella gemeu e agarrou a sua cintura para tornar aquele contato ainda mais profundo.
Gizelly encravou com força os dentes no lábio de inferior de Rafaella.
- Você acha que basta dizer algumas palavras e tudo entre nós chega ao fim? Nossa história não vai acabar, Rafaella.
Gizelly prensou Rafaella contra a lateral do elevador. Ela estava imobilizada por uma mulher que se transformou em uma parede de tesão violenta.
- Estou com saudade. – Rafaella murmurou, agarrando sua bunda e a apertando contra ela. – E com muita raiva de você. De Luiza. De tudo o que está acontecendo.
- Meu amor. – Gizelly gemeu.
Gizelly a atacou com beijos profundos e assumidamente desesperados que faziam os dedos do pé de Rafaella se contorcerem dentro dos sapatos.
- O que você está fazendo? – Gizelly perguntou, ofegante. – Está revirando um monte de coisas.
- Estou com bastante tempo livre. – Rafaella respondeu, tão ofegante quanto Gizelly. – Já que dei um pé na bunda da minha noiva idiota.
Gizelly grunhiu violentamente e apaixonadamente, agarrando os cabelos de Rafaella de forma carinhosa.
- Você não vai sair dessa com um beijo ou uma transa, Gizelly. Desta vez não. – Rafaella não conseguia larga-la. Era quase impossível depois de passar semanas destituída do direito e da oportunidade de tocá-la. Precisava daquilo.
Gizelly encostou a testa na de Rafaella.
- Você precisa confiar em mim.
Rafaella pôs as mãos em seu peito e a empurrou. Gizelly permitiu que ela fizesse isso, mas manteve os olhos grudados nela.
- Não dá, você não fala comigo. Você me fez comer o pão que o diabo amassou. E de propósito. Queria me fazer sofrer. E continua fazendo. Não sei o que está pensando, meu amor, mas essa merda de doutor Jekyll e senhor Hyde não está mais funcionando para mim.
- É impossível controlar você.
- Quando eu estou vestida é assim mesmo. Vai se acostumando.
A porta do elevador se abriu e Rafaella saiu. Gizelly foi atrás dela e pôs a mão na base da coluna de Rafaella, fazendo-a estremecer. Esse toque aparentemente inofensivo, por cima da roupa, sempre deixava Rafaella maluca de tesão.
- Se puser a mão nas costas de Luiza desse jeito de novo, eu quebro seus dedos. – Disse em um tom firme.
- Você sabe que não quero mais ninguém. – Gizelly murmurou. – Nem poderia. Meu desejo por você me consome por inteiro.
Tanto o carro de Rafaella quanto o de Gizelly estavam estacionados próximos. O céu havia escurecido um pouco enquanto Rafaella estava lá dentro, como se estivesse tramando alguma coisa, assim como a mulher ao seu lado. Havia um clima carregado no ar, o primeiro sinal de uma tempestade.
Rafaella parou sobre a marquise do edifício e olhou para Gizelly.
- Vamos no mesmo carro, com você dirigindo. Precisamos conversar. – A frase suou como uma suplica ao sair da boca de Rafaella.
- Era essa a minha ideia.
O motorista que Gizelly sempre solicitava quando não queria está atrás do volante estava a sua espera. Era o mesmo que as levaram quando fizeram a primeira viagem juntas.
- Senhorita Kalimann. – ele cumprimentou.
Rafaella respondeu com um aceno de cabeça. O motorista se virou para Gizelly, que entregou a chave do carro.
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Era você
FanfictionUma romântica incurável que não consegue manter um relacionamento, mas que sonha muito viver um clichê digno dos livros de Jane Austen. Uma Solteira convicta, em quer sua felicidade estar em não manter laços afetivos com suas companheiras de cama. ...