Luis Felipe. - Bárbaro
Bagulho certo é que Luana é minha mulher e não vai deixar de ser, faço o que for mas não abro mão dela.
Mulher é minha pô, botei na mente que ia ser minha, tentei pra caralho até consegui colocar no porte do pai e depois que consegui, já era.
Sei que ela me ama pô, ela só tá magoada porque as vezes saio do controle e dou umas porradas nela, mas o amor tudo suporta parceiro.
As vezes minha mente me sabota tá ligado, fico surtado imaginando várias paradas, se um dia ela me deixar, se ela ficar com outro, aí eu fico paranóico tá ligado, neuróticão.
Parada lá do Gordinho tem mais nada a ver não pô, perdoei mermo, porque ela foi pura no bagulho, ela fez o bagulho pra me salvar, se não fosse ela eu nem aqui tava mais pô.
Os caras dizem que fecham contigo, mas só é pra valer quando tu tem um cargo bom, quando tu é peixe pequeno, eles tavam o foda-se mermo, se vira com teus b.o.
Papo de que tô gerenciando com sucesso lá, até hoje só elogio pô, e a tendência é continuar assim, pra crescer cada vez mais.
- Tu fica esperto com esses bagulhos, se liga na sua responsa - Falei com o moleque que tava levando os bagulhos para um ponto na pista.
Quando deu meu horário, passei em uma lanchonete e pedi um lanche pra mim e pra outro lá.
Não quer fazer mais rango não pô, só porque eu reclamei algumas vezes, tá toda brabona, metendo maior bronca comigo, que não me quer mais e pá, dormindo até em quarto separado, até se tranca no bagulho.
Até parece que eu sou maluco de fazer alguma bagulho com ela.
Mais vou logo dar um jeito nesse bagulho, é minha mulher pô, tem que dormir comigo, tá maluco.
Maior saudades pô, da foda então nem se fala, minha mina manda muito bem, fico maluco só de pensar em outro cara agindo ali.
Passei em frente a loja dela e já tava fechada, então guiei pra casa, entrei ela tava no sofá.
- Fala tu - Falei com ela que nem olhou pra minha cara, tá boladona, depois passa. - Trouxe lanche pra tu, botar na mesa.
Botei lá e fui tomar um banho. Quando voltei e fui procurar o lanche, só tinha a sacola.
- Colfoi Luana, comprei o bagulho pra nós dois e tu comeu tudo, tá com a barriga na miséria é?
- E tava horrível, só comi porque tava com fome. - Falou me encarando com deboche.
Só encarei ela sério e ela engoliu em seco.
- Pois agora tu vai fazer janta pra mim pra largar de ser otária.
- Vou não. - Falou e eu fui na direção dela que se encolheu.
- Bora rapá, não faz eu me estressar contigo não - Apontei e ela respirou fundo e foi.
Terminou o rango e nem me avisou nem nada, xepei e também fui deitar pra roncar.
Sabe quando tu dorme e sente aquela presença? Quando abri o olho Luana tava em cima de mim com uma faca em punho apontada pro meu peitoral.
As lágrimas desciam do rosto dela, na hora que ela viu que eu tava acordado tentou me acertar e eu segurei seu punho, apertei até ela soltar a faca e joguei ela na cama.
- Tá maluca desgraçada? Quer me matar porra.
- Meu sonho era a sua morte, eu teria paz na minha vida, eu não tô aguentando mais isso - Falou olhando pro nada.
- Você não consegue viver sem mim - Falei sorrindo. - Tu me ama.
- Meu sonho seria viver sem você. Sabe que eu tô cogitando até a ideia de suicídio? Acho que só assim para ter paz, para viver bem. Porque se eu me separar de você um dia, nem assim vou ter paz, porque você gosta de pertubar, você é uma pessoa doente.
- Vai dormir porra, tá maluca é, falando bagulho nada a ver com nada, se liga na tua responsa. - Falei e ela ia levantar mas eu puxei ela. - Fica aqui.
- Já não basta me perturbar o dia inteiro? Nem pra dormir vou ter paz agora? -
Garota tá bem não. Tá ficando maluca pô. Louca.
(...)
- Onde tu vai? - Perguntei vendo ela arrumada.
- Vou na minha mãe.
- Vai porra nenhuma, vai ficar em casa, bagulho de sair não.
- Eu só vou na minha mãe Luis.
- Já falei que não porra. Quer apanhar filha da puta? Vai ficar nessa porra e se tu sair quando tu chegar tá fodida na minha mão. Mas se você quiser ir, ainda faço questão de te levar lá mostrar tuas fotinhas pra tua coroa, pensa só no desgosto que ela vai sentir de tú.
- Demônio - Gritou e eu saí gargalhando enquanto ela gritava de lá de dentro.
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Querem mais ou por hoje chega?
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DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.