DO MEL AO FÉU.

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Luana.

- Ela quis sentar pro chefe, tá com moral lá na boca - Sarrei gostosinho no boy que segurava minha cintura.

Estávamos curtindo o baile, muito casalzinho mesmo, tirar o pirulito da boca e tomei um gole da minha bebida.

- Vai devagar em garota - Luis falou e eu parei para encarar ele.

- Ih, vem querer me dar trava não em Luis, se eu ficar bêbada você vai ter que me levar no colo - Falei e ele sorriu.

- Porra nenhuma, deixo tu aqui panguando e meto o pé parceira - Meteu marra.

- Terror nenhum lindo, eu arrumo outra pessoa pra me ajudar - Ergui uma sobrancelha virando meu corpo para ele e ele segurou meu queixo aproximando o rosto do meu.

- Arruma é? - Falou intercalando o olhar sobre meus olhos e meus lábios me fazendo sorrir.

- Pode apostar que sim - Umedeci os lábios, ele me puxou para mais perto colando nossos corpos e eu sorri sapeca.

- Tú gosta de provocar né, mandadona pra caralho - Falou.

- Eu gosto, principalmente você - Mordi seu lábio inferior e ele me puxou para um beijo, bruto pra caralho, ain, que isso.

- Porra - Falei me separando - Vou te deixar nervoso mais vezes - Ele cerrou os olhos em mim e eu já me virei de costas, coloquei o pirulito na boca e coloquei a mão no joelho dançando.

Luis só observando o movimento todo sério, hora ou outra bebericava sua bebida e eu já toda doida me acabando de dançar e beber.

- Vai amor, dança comigo - Balancei a bunda e ele permaneceu sério, só segurou minha cintura - Balança o corpo Luis, que isso cara, acompanha tua namorada - Pedi e ele começou a balançar, me acompanhando, se roçando, porque né.

Horas depois ainda continuávamos aqui, bailão tava uma uva, músicas tão maravis que bunda não tinha descanso.

- Vou pegar uma bira, fica ligada aí em - Luis falou e saiu, ele já estava um pouco alterado, eu estava mais alterada, tirei o pirulito da boca e tomei o resto da bebida que tinha em meu copo.

Me encostei na parede e fiquei descansando o corpo um pouco, pernas trabalharam pra caramba, amanhã tô nem me aguentando em pé. Mas vou ter que aguentar que amanhã ainda é dia de trabalhar.

- E aí pô, tá sozinha aí - Olhei para o lado e vi o cara que eu tinha ficado outra vez.

- Nem sozinha e nem solteira, obrigada pelo interesse - Falei na lata já para não dar ousadia e nem bobeira.

- Ih, tá mó tirona, aquele dia lá tava toda assanhadinha. - Falou insistindo, me fazendo respirar fundo.

Homem é um negócio engraçado né, quando você tá solteira, fica só observando, encarando, que nem ele alguns bailes atrás, aí quando a gente arruma alguém, cria coragem. Vê se pode um negócio nesse, armação do cão só pode.

- Vai me responder mermo não? - Continuou e eu revirei os olhos.

- Vai mermo não parceiro, mete o pé e vai caçar uma mina solteira pá tu - Luis falou chegando e me entregando um copo, segurei e fiquei encarando ele todo sério metendo marra, ui.

- É cada uma viu - Falei - Quase que minha lombra passa - Tomei um gole da bebida.

- Am, tu fica esperta caralho - Falou me analisando.

- Agora pronto, o cara que dá em cima de mim na cara dura e a culpa é minha, era só o que faltava. - Cruzei os braços e encarei ele.

- Tô culpando tu por acaso? Só estou avisando pra tu ficar esperta garota rapá. Tu que já vem surtando do nada cara, malucona.

- Ai quer saber, vou embora que eu ganho mais, dormir que é melhor.

Fui saindo e acabei esquecendo da porra do degrau e cai sentada na calçada, fingi que nada aconteceu e fui mexer na minha sandália. Só ouvi a gargalhada de Luís.

- Vai mermo, tô até vendo tu chegando em casa, metendo a braba mas não se aguenta em pé. - Falou e estendeu a mão para eu levantar e eu levantei sem segurar.

- Bye - Falei.

- Bye uma porra - Segurou meu braço me fazendo encarar ele - Tu vai dormir comigo garota - Me virou pra ele - Pra gente terminar a noite da melhor forma - Abaixou a cabeça para alcançar meu pescoço e depositou um beijo ali me deixando arrepiada.

- Vou nada - Falei já toda mole segurando em seu braço.

- Vai sim pô, te machucar do jeito que tu gosta - Lambeu meu pescoço, alguém me segura que eu tô tentando ser forte.

- Me dá - Falei tentando pegar o pirulito que ele havia tomado da minha boca e colocou na dele.

- Que nada pô, teu pirulito agora vai ser de couro cachorra - Puxou meu cabelo com certa força e aí já era, me ganhou esse desgraçado.

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História tá calminha né? 🙊