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Luana.

Estava no baile, toda soada, chega o suor pingava pelas minhas costas, o líquido do meu copo caia mais que tudo.

Eu sorria para qualquer pessoas que olhasse para mim.

Cheguei aqui sufocada, esgotada, que acabei dando uns tragos na maconha e ainda cheirei uma carreira de pó.

Hoje não tinha nenhuma menina aqui comigo, Luis olhava para minha cara e sorria e eu só fingia que ele nem estava ali.

Deve estar gostando de me ver mexendo com essas coisas, porque ele gosta é disso, de ver a destruição, de destruir a vida das pessoas.

Porém hoje eu não tava nada bem, fui obrigada a vir depois dele passar o dia me pertubando. Enchendo a porra do meu saco.

Eu precisava esquecer nem que seja por uma hora o inferno que eu ando vivendo.

- Caralho, tu tá rachando a cara garota - Nayane falou e eu encarei ela.

- Tô bem cara, me deixa curtir a onda. - Falei dançando com ela e ela saiu me puxando para o banheiro. - Ah Nayane, tava bom pra caralho lá.

- Luana, você não tá só na onda da bebida não. Garota não faz isso contigo não, não entra nessa que é furada - Falou tacando água na minha cara e eu só sabia sorrir pra ela.

- Uh, essa música é um arraso pra rebolar a raba - Falei colocando a mão no joelho e dançando.

- Meu senhor. - Falou e nós voltamos para onde eu estava, ela comprou uma água e me entregou. - Chega de beber, se hidrata.

Fiquei ali tomando água e gastando minha onda com ela que dançava comigo. Não saiu do meu lado pra nada, pra onde eu ia ela estava comigo.

O outro nem aqui estava e eu dava graças a Deus por isso, do jeito que é, já tinha me travado.

- Vem amor bate e não para com o piru na minha cara - Nane cantou enquanto dava tapinhas no meu rosto.

- Cadê meu pirulito cara? - Falei caçando e achei um no bolso.

- Gosta de chupar um né - Brincou.

- Pirulito.

- De preferência da cabeça vermelha - Gargalhei junto dela.

Nem sabia mais o que era isso. Pelo menos isso eu não rendia a Luis de jeito nenhum, não dava moral mesmo, ele vinha de ousadia eu fingia que nem tava ouvindo.

Não sei qual foi o milagre de não me obrigar a isso também. Não duvido de nada vindo dele.

Quando eu sinto minhas vontades, tomo aquele banho bem demorado, bato minha siririquinha, gozo e passo o resto do dia relaxada.

Uma mulher que conhece bem o seu corpo não precisa de macho pra fazê-la gozar, em cinco minutinhos tá pronto o sorvetinho.

Amanheceu e nos duas ali curtindo bastante, minha onda já tinha até melhorado. Nayane toda hora me empurrando água, de hora em hora também ia ao banheiro fazer xixi.

- Amiga, já vou, se cuida tá, chegar em casa tu me liga - Nayane falou, marido dela veio chamar ela.

- Obrigada, até mais - Respondi e logo cacei meu rumo também, assim que cheguei Luis chegou junto.

- Tá vendo aí, não sou esse monstro todo, curtiu lá de boa com sua amiga, usou teus bagulhos, não te travei em nada.

- Devo te agradecer? - Perguntei me virando para ele.

- Não seria uma má ideia né pô - Falou.

- Obrigada por ter me permitido divertir um pouco. Já não basta o inferno que estou vivendo aqui dentro com você né, mas é necessário manter as aparências lá fora as vezes né, por isso você deixou.

- Tu tá é maluca, fica falando uns bagulhos nada a ver. Vou é voltar, que aqui tu só sabe encher a minha cabeça.

- Não precisa inventar desculpas não Luis, é só ir, falta você não faz, se quiser passar uma semana, um mês, eu vou agradecer e ficar extremamente feliz.

- Tá vendo aí, os bagulhos que tu fala pra mim, fica humilhando o cara pô, descenessário esses bagulhos.

Fingi que nem estava ouvindo essas palhaçadas dele, agora deu para ficar de fazendo de coitado, de vítima da relação.

- Não pensa que tu vai se livrar de mim fácil que tu não vai.

Fui para a cozinha fazer o meu mexido, misturei logo arroz, feijão, ovo, salsicha e catchup, terminei de comer e fui tentar dormir, porém não consegui.

Me sentia agitada ainda, acredito que por conta das coisas que eu usei, então uni o útil ao agradável e fui arrumar a casa, liguei o som e já era.

DO MEL AO FÉU. Onde histórias criam vida. Descubra agora