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Luana.

Direct @OBárbaroPJL

Luis já tá bom, tu não acha não? Fico aqui sem falar contigo sem poder ir te ver cara, para com isso.

Acho que já deu tempo o suficiente pra ti diregir a informação. Vai ficar mesmo assim comigo? Por uma coisa que eu fiz pra te salvar.

Esperei uns 10 minutos e nada dele ver, nem responder, minha mãe me chamou e eu fui lá ver o que era, queria que eu mandasse foto da decoração pra ela mandar pro bofe dela.

Quando voltei tinha uma ligação perdida de um número desconhecido, olhei no direct e ele tinha lido a mensagem, sorri já com o coração acelerado não aguentei e acabei retornando.

IDL

- Atendimento ao cliente, boa tarde, em que posso ajudar?. (Não aguentei e comecei a sorrir, olha a ideia desses caras pra não serem pegos. )

Sei de onde é.

- Coé, quer falar com quem daqui tú?

Sou namorada do Luis Felipe.

- Ah, tô ligado, guenta aí, vou passar o celular pra ele.

- Dá o papo.

Oi, você me ligou?

- Não.

Ah tá, é porque tinha uma ligação desse número aqui, pensei que tu tinha me ligado.

- Hum.

Como você tá?

- Sobrevivendo dentro desse lugar.

Tomare que logo você saia daí.

- Isso mermo pô.

Estava com saudades de ouvir sua voz sabia, muito preocupada contigo, pra saber como você estava. Fiquei tão triste por não poder ter ido na visita.

- Mandadona tu mermo pô, jogou sujo comigo, não foi transparente no bagulho, fiquei sabendo pela boca dos outros, olha a cota que tu teve pra me dar o papo.

Sim Luis, eu errei principalmente em não ter te contado, mais o que eu fiz foi pra tu viver cara, ou era isso, ou tu ia pra vala.

- Só de imaginar tu sentando pra outro cara, fico neurótico pô, bagulho fica tenso.

É só não pensar, valeu de nada pra mim, só o corpo estava ali, porque a mente estava pensando que valia a pena porque era pra salvar tua vida. Nem lembro, porque só lembro das coisas boas.

- Queria ver se fosse tú no meu lugar, se tu ia ficar de boa, ia aceitar na hora, ia porra nenhuma.

Luis, se eu tivesse sido sequestrada, e você passasse horas pedindo dinheiro emprestado e não arrumasse, chegar essa oportunidade. Você não ia? Ou ia me deixar morrer?

- Que morrer o que rapá, ia morrer não pô.

Então pronto, já chega que tu passou tempo zangado demais comigo. Me perdoa por não ter te contado?

- Mandadona tú pô, na hora que eu te pegar tá fudida na minha mão. Me perdoa também pô, não reconheci o que tu fez também, se não fosse por tu eu não tava vivo, mas é que foda eu imaginar tu sentando pra outro.

Se for descontar no sexo, já quero.

- Vai ter que casar comigo pra isso acontecer. Maior burocracia pra visita íntima, temos que provar que temos algo tá ligada.

A gente casa.

- Ideia pô?

E porque não?

FDL.

Ficamos conversando até ele precisar desligar porque acabou o horário dele no celular, mas ele disse que quando der ele me liga de novo.

Estava feliz por ouvir a voz dele, saber que ele está bem e que melhorou comigo, feliz era pouco né, não via a hora de chegar o dia da visita para ver ele, matar melhor a saudade.

Aproveitei a deixa para ligar para o advogado dele e perguntar sobre a questão do casamento com ele lá dentro e o que eu poderia levar na outra visita.

Ele me disse que iria verificar a questão do casamento pois as vezes tem multirão para os que querem casar e ia me avisar direitinho.

- Que história é essa de casar? - Minha mãe chegou perguntando, ela fico só ouvindo as conversas, toda fifi.

- Eu vou casar com Luis. - Falei. - O advogado vai ver como a gente faz e vai me avisar. Só pode receber visita íntima se for casada essas coisas.

- Tem certeza disso? Sabe que casamento é coisa séria - Perguntou.

- Tenho mãe.

- O que não faz para dar a vagina em garota, minha gente - Gargalhei e em seguida tampei a boca. - Toda feliz, toda alegre. Falei pra você parar de ficar igual uma bocó atrás, olha aí, tão se resolvendo.

- Verdade mãe. Não esquece em, amanhã temos compromissos.

- Cedo estou te acordando pra gente ir.

- Cedo demais também não né mãe, maneira aí, vai descansar e deixa a gente descansar também.

- Vou é cansar o meu boy, está vindo me buscar pra gente fazer aquelas coisas.

- Inveja. Tomare que o bilau dele não suba, que o azulzinho não faça efeito e tu fique na mão.

- Ih, comigo nada fica em baixo, é tudo em cima meu amor. Deixa de inveja e fiquei aí chorando.

- Enquanto a senhora estará sentando - Rimei e ela sorriu negando com a cabeça.

- Gosto de te ver assim, não deixe nada apagar esse teu sorriso mais. - Apontou e eu assenti com a cabeça ainda sorrindo. Amo demais essa coroa, meu tudo.

Minha irmã chegou com Bryan todo sujo de areia, tinha tomado açaí também, aí virou uma melequeira só, misericórdia, a roupa vai ter que ficar de molho.

Logo o noivo de minha mãe chegou, minha irmã banhou o neném que dormiu e nos duas ficamos na sala assistindo filme e comendo pipoca.

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DO MEL AO FÉU. Onde histórias criam vida. Descubra agora