Magda.
Eu estava aflita, agoniada, mal conseguia dormir direito preocupada com a Luana. Eu sinto que algo está prendendo ela com ele e não é o amor.
Me levantei da cama e fui direto na boca, ver se eu conseguia fazer algo pela Luana. Que ajudasse ela.
- Fala tú tia, em que nós pode tá fortalecendo a senhora aí?
- É porque o Luís vulgo Bárbaro, tá fazendo minha filha de saco de pancadas, agride ela direto. Eu tentei levar ela pra minha casa mais ela não quis, acho que ele está ameaçando ela.
- Ela quis ficar com ele, é isso mermo?
- Sim.
- Então, a gente não pode fazer nada não tá ligada tia, se ela vier e pedir ajuda, falar e provar os bagulhos, aí nos vamos tomar uma providência. Porque tem mulher que mete dessas pra prejudicar o cara sem ele ter feito nada pô, ideia mermo.
- Sim mais você não podem pelo menos dar uma chamada nele? Pra ver se ele para com essas coisas. Eu estou vindo aqui falar com vocês como uma mãe desesperada, eu não mentiria para vocês, não tenho necessidade disso, ele está batendo nela sim, se vocês investigarem vocês vão ver que é verdade.
- Tia, se liga, vou passar essa fita pro frente, mas já te adianto que se tua filha não der queixa nem nada, não ter provas vai adiantar de nada pô. Nós nem gosta de se envolver em bagulho de casal não pô, nem se metemo, depois nós vai lá, se mete e depois ela volta pra ele que já aconteceu com nós isso aí, aí ela vai tomar o dela, porque ninguém é otário aqui não. Então só vamo fazer algum bagulho se tua filha chegar aqui e der a letra e provar.
- Tá bom. Obrigada viu.
- Faz aquele rango gostoso lá pra nós em. Mais tarde o menor consta pra ir buscar.
- Pode deixar.
Peguei meu celular da bolsa e já liguei para a Luana.
IDL.
- Oi mãe, bença?
- Deus te abençõe minha filha. Acabei de sair da boca, eles podem te ajudar, mais você precisa dar queixa do Luis minha filha.
- Mãe, eles são tudo da mesma laia, a maioria bate em mulher também.
- E você sabendo disso se envolveu com um né Luana. Tudo bem que a culpa não é sua, nada justifica a agressão. Mas minha filha, e agora? Vai na boca e dá queixa, eles vão te ajudar.
- Mãe, eu não vou. O Luís parou de me bater, acho que dessa vez ele vai melhorar, ele parece que está arrependido.
- Isso é temporário minha filha, logo tudo isso volta de novo, ele não vai mudar.
- Vai mãe, eu acredito na mudança dele, ele só tem a mim.
- Vou desligar, não aguento ouvir isso. Te amo filha.
- Te amo mãe.
FDL.
O que me restava agora era só orar pela minha filha, pedir a Deus para que a livrasse desse homem, de tudo o que ela está passando...
Luana.
Desliguei o celular e Luis tirou a arma da minha cabeça. Eu tive que repetir o que ele falava, fazendo minha mãe acreditar nessa mentira.
- Falou bonito, você devia realmente acreditar em mim e na minha mudança pô, tem uns dias já que não encosto em você.
Fechei meus olhos e fiquei calada.
- E a partir de hoje tu volta a dormir comigo, abraça o papo e sem frescura, tu é minha mulher porra, tá maluco, bagulho feião esse de cada um em um canto. Gosto dessa porra não.
- Se você não for para o meu quarto eu vou para o seu.
- Só falta me obrigar a transar contigo agora. - Ele só me olhou de cima a baixo e depois se afastou negando com a cabeça.
Não duvido e não me surpreenderia se um dia isso acontecer, eu espero todas as coisas ruins do Luis.
Porque as boas só tinha quando ele queria me conquistar e precisava de mim para ir em cadeia visita-lo, armou tudo esse desgraçado.
Só ouvi os tiros começando e ele começar a correr pela casa pegando arma e munição. Ainda veio até mim e me forçou a dar um selinho nele antes dele ir.
- Ora por mim - Pediu e saiu de casa.
Enquanto muitas mulheres oram e ordem para seus maridos voltar vivo e inteiro para casa, eu pedia para Deus para o Luís não voltar, que se não era o dia do Luis morrer e ele pudesse adiantar para hoje eu ficaria muito grata.
Não me dei ao trabalho também de procurar um lugar seguro para ficar para não correr o risco de bala perdida. Tinha horas que eu preferia a morte que viver o que estou vivendo.
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DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.