3/5
Luana.1 ano já passou, monas, olha vou contar, segui firme e forte lá com Luis, até porque né, sou a mulher dele e deixei ele bem ciente disso.
Com as visitas íntimas estava bem melhor de matar a saudade, a gente conversava e se curtia melhor. Advogado dele inclusive me disse que ele está perto de conseguir o alvará de soltura para o Luís.
Aqui em casa agora só está eu e Louise, minha mãe foi morar com seu marido, na verdade foi um pega pra capá deles. Ele queria que ela morasse lá e ela queria que ele morasse aqui.
Deu uma briga feia que até em separação eles falaram, minha mãe não queria largar a gente e ele queria viver a sós com ele, intimidade.
Do meio pro fim a gente sentou com ela e falou pra ela ir, aproveitar a vida dela e ser feliz, já que ele morava aqui no morro mesmo, mais pra cima.
Todo dia continuamos indo juntas para a loja, ela passa aqui e quando ela arrasa eu fico esperando ela na porta.
Eu fiz o curso de decoração e buffet, depois engatei em um curso de decoração com balões e lembrancinhas.
Prontinha para montar minha loja completíssima sobre festas, na verdade estou até comprando as coisas e guardando no quarto que era da minha mãe e quando sobra dinheiro eu guardo para futuramente alugar um espaço para a loja.
Louise saiu do mercado e conseguiu trabalho em um banco, agora trabalha menos e tem mais tempo pra ela e pro baby.
Em falar em baby comecei o anticoncepcional injetável, estou tomando de mês em mês, porque ele é mais forte. Luis de vez em quando vem com papo de filho mas, ainda não.
Estava na loja com minha mãe, estávamos limpando para abrir enquanto as comidas estavam no fogo. As vendas na loja só aumentam, a gente tá sempre dando uma renovada no cardápio. Tem uma caixinha de sugestões que a gente atende também.
Tudo pelo cliente né, já que ele quem nós trás o money. Agora temos motoboy também fazendo entregas, tem gente de fora que pede comida, tudo muito chique, brinca pra vê.
Abri a loja e logo comecei com os pedidos, tanto presencial quanto no WhatsApp da loja, que fizemos também, eu mandava o cardápio e o cliente montava sua quentinha.
Deu a hora do Luis me ligar ou entrar no tt e nada dele, deve tava arriscado e ele não pode mexer hoje, tinha vez que dava dessas da gente não conseguir se falar.
Deixei o celular no modo som e voltei pro trabalho, por volta das 15 horas fui lavar as louças com minha mãe.
Super entretidas conversando quando escutamos as rajadas de tiros. Já pensei que era invasão, mas eles não tinham passado avisando para fechar como de costume.
- Deve estão matando alguém - Minha mãe falou.
- Bem capaz mesmo, corpo vai ficar irreconhecível com esse tanto de tiro, Deus me defenda.
- Falar em morte ontem eu passei perto, chega vi estrelas. - Falou e eu encarei ela sério.
- E a senhora não ligou pra gente porque mãe? Tá maluca, como assim?
- Fui fazer arte na hora do sexo, posição de costas mas com as pernas presas nas costas dele e ele me segurando, só que o filha da puta foi fazer gracinha querendo me rodar dizendo que era helicóptero, a mão dele escorregou e eu bati longe na parede, chega às pernas ficou pra cima e a cabeça no chão toda torta.
Não aguentei não, comecei a gargalhar, essa minha mãe inventa cada arte que vou te contar, direto ela me conta as astúcias dela.
- Que porra de posição maluca mãe, que loucura vocês. - Falei depois que parei de rir.
- Fui apimentar a relação e fui tacava no chão, me lasquei todinha - Gastou e eu neguei com a cabeça imaginando a loucura.
Terminamos na cozinha, eu fui para limpar as mesas, depois voltei para o caixa, quando sentei na cadeira um menino entra.
- Tia, corre aqui tia, tem um cara pichando a parede da loja, corre aqui. - Falou e eu me levantei encarando ele.
- Tá de trote não né garoto? - Ele negou com a cabeça.
- Não tô não tia, rápido vem - Saiu me puxando pela mão e eu acompanhei ele até lá fora.
Já saí caçando o cara, mas quando encontrei não foi ninguém pichando muro e sim Luis com flores e chocolates na mão encostado no muro.
Chega as pernas amoleceu na hora que eu vi, coração faltou sair pela boca.
- Tá de brincadeira, meu Deus - Coloquei a mão no rosto já querendo chorar. - Não acredito, lili cantou meu amor - As lágrimas desceram e eu corri na direção dele o abraçando forte.
- Tu ta aqui mesmo, como eu esperei esse dia chegar - Enchi ele de selinhos - Seu preto safado, nem me avisou nada - Dei um tapa nele que gargalhou.
- Toma pô - Me entregou as flores e os chocolates e eu já saí puxando ele lá pra dentro da loja.
- Mãe, olha quem tá aqui - Chamei e ela veio.
- Menino - Se aproximou abraçando ele - Que bom que você saiu daquele lugar - Ele sorriu.
- Valeu sogrona. Saudade do teu rango pô, os da Luana era muito bom não tá ligado - Piscou pra ela pra ela entrar na onda dele.
- Tô ligada, a melhor sou eu, tem nem como - Se gabou e eu gargalhei.
- Tu já chega assim né, me trocando mesmo na cara de pau, ingrato pra caralho. - Ele veio pra me beijar e eu me afastei - Vem com falsidade não. - Ele correu atrás de mim e eu dele, me pegou pela cintura me abraçando e me enchendo de beijos e eu sorrindo atoa.
Agora eu estava completa com ele aqui comigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.