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Luana.Estacionei o carro no estacionamento do shopping e entrei, já comprei um refri para eu ir tomando enquanto fazia as compras.
Essas duas semanas foram maravilhosas demais, aproveitei bastante o local e o meu preto também, muito bom, já saímos planejando outra, mas dessa vez em outro lugar, agora só Deus sabe quando vamos ter férias de novo.
Nem tanto eu né, mas sim o Luis. Por falar me deu um bolo de dinheiro caprichado e eu aqui toda receosa de estar com esse dinheiro todo na bolsa.
Decidi comprar as coisas dele primeiro, comprei um relógio de ouro, um colar também de ouro, só que fino, depois comprei um celular de última geração, bem top mesmo e o chip.
Guardei dentro da bolsa e fui em busca das roupas dele, entrei em uma que só tinha roupa de marca, o atendente era bem legal e ainda me ajudava a escolher as roupas, comprei mais camiseta e bermuda, tudo muito bonito, comprei uma calça só, porque era muito raro ele usar e ele tinha outras em casa.
Depois fui em loja de calçado e comprei tênis pra ele, tudo do jeito que ele gostava, já conhecia o gosto mesmo e se não gostasse depois era só trocar, mas ele ia, porque eu não.
Agora era minha vez, ele mandou eu gastar vou gastar, não posso ficar de besteira não, igual ele disse, se tá me dando, vou gastar né, posso e gosto.
Decidi ir em uma loja de roupa de marca também, quando entrei na loja uma atendente me olhou de cima a baixo e fez cara de desdém virando o rosto para o outro lado. Chega o sangue ferveu na hora.
Odeio esse tipo de gente com toda a força que há em mim, as pessoas se acham no direito de te julgar sem ao menos te conhecer, ou te achar incapaz de comprar roupas caras só pelo seu traje, sua cor, pessoas imundas e desnecessárias.
Outra atendente já veio até mim toda simpática se apresentando e perguntando se eu queria ajuda.
- Eu quero que aquela ali me atenda. - Apontei para a nojenta e ela assentiu e foi chamar a garota que veio.
- Em que posso ajudar? - Perguntou sorrindo falso.
- Nas compras, você não é paga pra isso?- Respondi e ela engoliu seco assentindo com a cabeça.
E aí que eu abusei dela mesmo, fiz ela de gato e sapato, mandava pegar uma peça de tal número e depois dizia que não queria mais só pra ver ela guardar de novo, perturbei o juízo dela por mais de uma hora.
Eu queria que ela surtasse, mas ela sabia segurar, porém era perceptível como ela estava irritada, bufando.
- Tá tudo bem flor? Está bufando aí - Perguntei encarando ela.
- Sim, tudo bem - Falou e eu sorri.
No final levei sim umas peças e me direcionei até o caixa.
- Pode deixar que agora eu não preciso mais de sua ajuda, obrigada. - Avisei ela.
- Próximo - A moça do caixa chamou - Quem foi que te atendeu? - Apontei para a garota que havia sido simpática comigo, até porque ela ganharia uma boa comissão, peguei uma boa quantia de roupa até porque as roupas aqui eram babadeiras.
Depois de pagar as contas pedi para falar com a gerente, vou deixar passar batido não, podia deixar até ela achar alguém que quebre a cara dela, mas não vou, porque isso machuca as pessoas.
Eu sou muito neutra, muito tranquila em relação as pessoas, se eu não conheço, não fede nem cheira, então não tem porque eu estar julgando.
Agora se ficar de gracinha pro meu lado sem eu ter feito nada, eu tomo ranço rapidinho, quero nem saber.
- Olha eu só chamei a senhora para fazer um alerta. Aquela vendedora quando eu entrei desdenhou de mim, não sei por qual motivo e prefiro não saber pra não piorar a situação. Mas digo a senhora que com vendedores desse tipo, a senhora acaba perdendo clientes, pois ninguém gosta de ser julgado de cara e acaba indo embora, então se eu fosse o senhor eu conversaria com ela pelo bem da empresa e para evitar maiores problemas. E gostaria de parabenizar aquela outra moça que foi muito simpática e receptiva, inclusive irei dar um dinheiro a ela por isso.
- Eu peço desculpas pelo ocorrido e garanto que isso não irá mais acontecer na nossa loja - A gerente falou e eu assenti com a cabeça agradecendo.
- Toma - Dei R$100 para a garota que ficou toda sorridente - Continue assim, você vai longe.
- Obrigada - Pisquei e sai da loja.
Ainda continuei as compras, comprei relógio, brincos, colares, pulseiras, umas makes, lingeries, uns produtos eróticos para usar com meu preto.
Sobrou dinheiro ainda comprei mimos para minha mãe, irmã e sobrinho, porque eu nunca esqueço dos meus e o resto eu guardei.
Se ele perguntar bem, se não, nunca nem vi troco. Quem nunca pegou o troco das coisas que a mãe ou pai mandava comprar né, eu vivia pegando os da minha mãe e ela ficava braba procurando e eu dizendo que não tinha troco.
Gastava tudo com balinha ou comida.
Por fim lanchei um strogonoffe de camarão no giraffas, porque eu estava faminta e voltei para o favelão, ouvindo uma boa música.
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DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.