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Luana.

- Eu vou, mas ele vai ter que pagar - Falei e ele assentiu com a cabeça saindo.

- Amiga você tem certeza? - Nayane perguntou.

- Eu não queria ter que fazer isso não mais é a única forma de eu conseguir o restante do dinheiro para tirar o Luís de lá Nayane. Ou isso ou o Luís morto e aí? - Encarei ela que não falou mais nada e só assentiu com a cabeça. - Ninguém vai me emprestar esse dinheiro não, é pegar ou largar.

- Me acompanha - O menino voltou e eu olhei para Nayane que sussurrou um "Boa sorte" e fui seguindo o garoto.

Ele montou na moto e eu montei atrás e ele foi guiando pelo morro até chegar em um barraco, tinha um carro parado na frente, ele só apontou com a cabeça e eu desci, bati na porta ouvindo um "entra".

Engoli em seco e abri a porta, ele estava sentado em uma cadeira fumando maconha já sem camisa.

- Fecha a porta e vem cá pô - Falou e eu assenti com a cabeça, cara era sem delongas pelo que eu percebi, fechei a porta e fui andando até ele. - Senta aqui - Bateu na perna dele e eu toda constrangida sentei - Precisa ter vergonha não pô, que isso - Começou a beijar meu pescoço e alisar minha cintura e eu fechei os olhos com força. - Colfoi, se tu não quer é só falar, toda esquisitona aí cara - Parou pra me encarar.

- Não, eu quero sim - Falei e ele assentiu com a cabeça, tinha que mostrar serviço, infelizmente.

Coloquei a mão na sua nuca e aproximei meu rosto trilhando beijos pelo seu pescoço e acariciando seu peitoral, tentei evitar beijar ele, mas ele grudou em meu cabelo e me beijou, toda hora eu tinha ansia, queria parar, mas não tinha como.

Eu preciso fazer isso para salvar o Luís.

(...)

Estava totalmente sem graça, de verdade, olha ao que eu me submeti, cara tava todo relaxado na cama, tive que gemer falso, fingir prazer, claro que usei camisinha também.

Eu só queria ir pra casa, tomar um banho e deitar, ficar quieta no meu canto, mas eu tinha que buscar o Luís.

Ele me deu 3 notas de 100 e eu encarei ele levantando uma sobrancelha.

- Preciso de mil reais, só isso aí não dá - Falei e ele me encarou -

- Caralho, se eu soubesse que tu tava precisando da grana, tinha te acionado antes pô. - Estendeu o dinheiro

- Eu preciso mesmo dessa grana - Assumi pegando o dinheiro de sua mão.

- Todas precisam - Debochou e eu cerrei os olhos nele

- É, mais o meu é caso de vida ou morte, fora isso, jamais faria algo assim, até porque não preciso e tenho meu trabalho. Espero que o que aconteceu aqui fique em segredo.

- Ih, sou emocionado não garota, tá mandada é.

- Eu agradeço por isso, tchau - Passei pela porta fechando ela e sai andando nas carreiras até em casa.

- Minha filha - Minha mãe se levantou assim que me viu entrar. - Me desculpa por não poder te ajudar.

- Tudo bem mãe, se a senhora tivesse tenho certeza que me ajudaria, eu consegui, agora tenho que ir buscar ele - Falei e dei um beijo em seu rostk, corri até o quarto, olhei a hora e dava tempo de um banho,  banhei rapidinho e vesti uma roupa, peguei o restante do dinheiro e colocando em uma bolsinha.

- Faz um favor, vai lá na vozinha e conversa com ela e fica até a gente chegar mãe, ela já deve estar preocupada. - Ela assentiu e minha irmã apareceu no meu campo de visão.

- Toma, pra pagar a condução - Estendeu 50 reais e eu peguei já querendo chorar de novo.- Espero que ele esteja bem.

- Obrigada - Falei abraçando ela forte e depois sai de casa rápido, já era onze da noite, eu tinha apenas uma hora, peguei a localização que tinham me mandado e pedi um moto táxi para chegar mais rápido.

Era uma espécie de beco, quando cheguei não tinha ninguém, abaixei minha cabeça para pegar o celular na cintura quando ouvi o derrapar de um carro.

Levantei a cabeça e três caras encapuzados desceram do carro, um deles tirou Luis do porta malas, meu preto estava todo machucado, meu coração ficou mais pequeno que já estava, só pensava em cuidar dele, ele me encarava mas eu não conseguia decifrar o olhar dele, engoli em seco e fiz menção de correr até ele e um dos caras negou.

- Cadê a grana? - Falou e eu tirei a bolsinha do bolso - Tira o dinheiro e conta - Falou e assim eu fiz. - Joga a bolsinha.

- Solta ele primeiro - Falei e eles sorriram - Não tem como eu sair daqui, vocês estão fechando o beco e estão armados, soltem ele por favor - Pedi e um encarou o outro.

Só vi quando o cara soltou o braço dele e ele veio andando até mim, na metade do caminho eu joguei a bolsinha, um cara agarrou e eles entraram no carro e sairam.

Respirei aliviada e corri até Luis o abraçando forte.

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Roi ❤️

O que acharam desse ato de Luana?

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