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Luana.

Já estava com mãos no rosto com medo de levar uma pesada na cara, quando ia tirar pra tentar levantar de novo, ouvi um tiro bem perto de mim, chega meu ouvido doeu.

Senti alguém segurar em meu braço e me levantar de uma vez, força do caralho, quase arranca meu braço junto.

Olhei e era Luis, ele estava com uma arma em punho e me arrastou até uma moto, só sentia meu joelho ardendo enquanto eu andava.

- Calma caramba - Falei puxando meu braço e ele folgou o aperto mais ainda continuou me segurando até chegarmos de frente a uma moto.

Estava super sério, uma carranca lascada.

- Sobe - Mandou já montando em cima. Quando eu abri a boca para contestar ele me Interrompeu - Sobe logo nessa porra Luana. - Engoli em seco e subi em meio a dificuldade por conta do meu joelho que doía.

Ele saiu pilotando igual louco, até chegar em uma casa, já foi descendo da moto, me ajudou a descer e depois entrou na casa.

- Tá maluca porra, deitada no chão no meio da correria. Quer morrer é? - Falou colocando a pistola em uma mesinha que tinha.

- Sim, até porque morrer pisoteada é o meu sonho de princesa e não existe a possibilidade de eu ter caído né - Debochei e ele permanecia sério. Meu joelho ardia, tive nem coragem de olhar ainda.

Quero ver como eu vou usar calça para ir trabalhar agora.

- Caiu e ficou dando mole foi, ia morrer ou ficar toda machucada lá pô - Questionou.

- Tentei levantar mas a boiada correndo não conseguia levantar, ficavam me jogando pro chão de novo - Falei e ele me analisou.

- Queda foi feia pra caralho em, porra - Falou olhando para meu joelho.

- Quero nem olhar o estrago - Falei e ele negou com a cabeça, me sentei no sofá descansando as costas - O que foi mesmo desse tiroteio? - Perguntei percebendo que os tiros tinham cessado e encarei ele.

- Os rola bosta dos polícia, embaçando o baile.

- Porran, tava tão gostosinho, quase não vou, quando vou dou esse azar - Neguei com a cabeça.

- Eu vi mermo, toda toda - Comentou.

- Hum. Tava aonde que cacei e não achei? - Falei e ele arqueou uma sobrancelha.

- Tava me caçando era? -  Brincou. - Milagre pô,  porque sempre quem vai atrás sou eu. - Já fechou a cara.

- Luis...

- Porra Luana, na moral mermo pô, tu sabe que eu sou parado na tua, fico fraco pra caralho mermo tá ligada, assumo sem neurose. Mas tu parece que gosta é de brincar com a cara de quem gosta de tú pô, só dá ligancia pra menor que não tem nem aí no bagulho. - Falou ficando na minha frente e eu só encarando ele escutando.

- Não é assim também não cara, porra, eu não ficava contigo por que não sentia vontade, de verdade mesmo, tu ia ficar com alguém obrigado? Fora que eu não fico com um e com outro por ai pra tu falar isso, tu sabe que eu ralo pra caramba, quase não saio. - Ele assentiu com a cabeça - Então, com o tempo eu fui gostando de você abrindo mais a mente e olha aí a gente já até ficou.

- É pô depois de mais de anos né, mais é isso aí mermo. Só quero te dar o papo que eu não quero esses lances de ficar por ficar não, quero uma coisa séria tá ligada, uma mina pra tá comigo no bom e no ruim, pra somar mermo - Engoli em seco fitando seus olhos enquanto ele falava e gesticulava.

- Tu quer a tua 10/10 né? - Falei e ele assentiu com a cabeça.

- Quero pô e queria que fosse tú, mas se tu não quiser, esse negócio de correr atrás acaba aqui, vou seguir meu caminho e tu segue o teu. E isso que eu quero saber de tu, se tu vai fechar comigo ou não. Daí, qual vai ser?

Tô aqui sem nem saber o que falar, bofe me encurralou de verdade, tá aqui me encarando seríssimo só esperando a resposta e eu mais nervosa que tudo pensando no que falar.

- Eu posso...

- Pensar? Porra há uma cota eu corro atrás de ti pô, ainda vai ter que pensar? Sem tempo irmão. Da logo seu papo. - Cruzou os braços.

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DO MEL AO FÉU. Onde histórias criam vida. Descubra agora