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Luana.

Um mês depois e meus dias estão péssimos, estou sendo obrigada a dormir na mesma cama que Luis. Me tranquei no quarto e ele fez a cópia da chave, se eu não deito com ele, ele vem e deita comigo.

Eu fico na ponta da cama, só de saber que ele está perto de mim eu sinto um ânsia horrível, se ele me toca então, é uma coisa horrível de verdade.

Ele segue como se nada tivesse acontecido, como se ele nunca tivesse feito nada a mim. Tenta me agradar de todas as formas e eu só peço para ele me deixar ir embora, aí ele se irrita e me bate alegando que eu nunca vou sair do lado dele, que meu destino é do lado dele.

Fui forçada a vir para o baile, não consegui me controlar, fumei e cheirei uma carreira de pó, só isso estava me fazendo esquecer o que eu andava vivendo.

Todas as vezes que eu vinha para o baile eu buscava esse alívio, tenho ciência que não é certo o que estou fazendo, mais no momento é a única alternativa que estou encontrando para ter um pouco de descanso na mente.

Minha mãe e minha irmã continuam conversando comigo, todos os dias falam comigo e me sinto cada vez mais culpada de ter entrado nesse relacionamento.

Perguntei pra minha mãe se ela tinha algum dinheiro guardado, só para saber se caso eu saísse de casa ela teria como pagar a dívida com Luis e ela me disse que estava com a conta zerada, pois usou o dinheiro para trocar uns móveis de casa e da loja.

Minha irmã também não tinha, tinha pego empréstimo no banco e estava reformando a casa, fazendo um quarto só para Bryan, ajeitando tudo do jeito dela.

A verdade é que eu estava me vendo sem saída desse relacionamento, totalmente sem saída.

Cheirei mais uma carreira de pó e sorri pra mim mesma. Luis hoje estava marcando em cima, só de olho em mim, eu estava em pé encostada na parede, hora ou outra dançava e depois parava.

Sentia meu corpo todo agitado, uma euforia fora do normal.

Cheguei em casa eu não tava em sã consciência, tava agitada demais ainda, tinha certeza disso.

Luis me abraçou por trás beijando meu pescoço e eu empurrei ele.

- Sai daqui Luis.

- Que isso cara, faz isso comigo não pô, maior cota que nós não faz nada, vem cá pô.

Me puxou de novo e começou a beijar meu ombro, meu pescoço, apalpar meu corpo e eu acabei sentindo prazer.

Ele veio para beijar minha boca e eu virei o rosto, ele mordeu meu queixo e voltou a beijar meu pescoço.

Senti sua mão descer pelo meu corpo até chegar na minha vagina onde ele começou a me masturbar.

- Luis, eu não quero - Falei encarando ele que fingiu que não estava ouvindo e continuou.

Acabei me deixando levar e quando vi eu já estava nua com o Luís apoiando minhas pernas no ombro dele e ele me penetrando, me xingando e distribuindo tapas pelo meu corpo.

Quando ele gozou, saiu de dentro de mim sorrindo e foi tomar banho. Quando meu sangue esfriou, que eu realmente parei para pensar, eu tinha feito a pior merda da minha vida.

E ali mesmo eu comecei a chorar muito, me julgando por ter caído nessa.

Eu estava em falta a muito tempo. Eu tinha meus dedos, mas porra, um pênis era outra coisa.

Quando Luis saiu eu fui direto para o banheiro, esfreguei a bucha com bastante força no meu corpo, do corpo até podia sair, mas do pensamento não.

E eu só sabia me julgar por ter permitido essa merda acontecer.

- Tava chorando porque porra? Tudo isso por saudade da minha piroca?

- Tudo isso por arrependimento.

- Ih, já deu esse negócio de tu ficar bancando a fodona, já tá passado porra, se liga Luana. Tu em que botar na tua mente é que daqui tu não sai, ao invés de ficar vivendo assim, podia tá vivendo de boa comigo e fica nessa.

Não falei mais nada, só fui para a sala, liguei a televisão e fiquei assistindo, na verdade nem assistindo eu tava.

Só não queria dormir com o Luís nesse momento. Transar com o Luís podia alimentar as esperanças dele de que um dia nós vamos voltar a ser um casal, que eu ainda sinto algo por ele.

- Bora dormir pô - Apareceu na sala - Se quiser uma ajuda pra dormir, garoto já tá na ativa de novo.

- Luis coloca na sua cabeça que isso foi apenas uma foda e nada mais. Muito tempo sem dar, carência falou mais alto, coisa de momento que já passou.

- De momento uma porra - Se alterou. - Tu me deu porque tu me ama, porque eu te dou prazer.

- É mesmo? - Debochei e só senti meu rosto arder e eu sorri da cara dele o que fez ele me dar outro tapa.

Fui lá e revidei dando dois de cada lado do rosto dele com gosto, chega me senti mais aliviada.

- Acabou a moleza pra você, me bateu eu vou bater de volta, tudo vai ser recíproco, até o dia em que eu consegui me livrar de você. Pode acreditar que eu vou lutar pra isso com todas as minhas forças.

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DO MEL AO FÉU. Onde histórias criam vida. Descubra agora