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Luana.
- Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida - Abri meus olhos e minha mãe e Louise estavam com um bolo em mãos.
Era meia noite, todo ano era isso, quando dava meia noite a gente batia os parabéns, menos para Bryan que era bebê e ia acordar zangado.
Me levantei sorrindo peguei o bolo e apaguei a vela. Fomos para a cozinha e eu coloquei o bolo em cima da mesa e abracei elas.
- Obrigada, amo vocês - Falei já um pouco chorosa e elas disseram que me amavam também, comemos bolo, tomamos refrigerante, estava tudo uma delícia.
- Aproveita que só tem mais esse ano como de menor em. - Falou e eu gargalhei.
- Muda em nada não menina, já cumpro com minhas obrigações, ilusão esse negócio de que fazer 18 anos muda tudo.
- Verdade - Minha mãe concordou, ficamos conversando e logo fomos dormir de novo.
(...)
- Garota já falei que você não vai trabalhar, é seu aniversário, fica em casa e vai fazer o que tu quiser, vai no salão, vai tirar o pêlo da xereca, pintar a unhas - Minha mãe brigou comigo pela milésima vez.
Eu queria mesmo trabalhar, podia comemorar mais tarde. Mas quem disse que ela queria deixar, queria não.
- Pois tá, então vou ficar em casa, só porque a senhora está me obrigando em, custa nada eu trabalhar. - Falei e ela fez careta saindo de casa.
Também não ia ficar em casa coçando a xereca não, já botei uma roupinha e fui pro salão, ia ter dia de princesa, mais que merecido. Aproveitar os 17 anos da melhor forma, cuidando de mim.
Fiz depilação na cera, pintei as unhas, hidratei o muco, fiz sobrancelha, buço, ainda ganhei hidratação no rosto e massagem de graça, amo.
Sai do salão com um sorriso no rosto, estava me sentindo um nojo, voltei pra casa, almocei e depois coloquei um biquini pra ativar a marquinha na laje.
Passei a parafina e me deitei, ouvi meu celular tocar, só que tava lá em baixo, nem ia lá pegar, depois eu retornava. Marquinha ativada já fui logo o que tomar um banho, coloquei o muco na toca e já era, quando sai coloquei uma roupa fresquinha e fui pegar o celular, Luis que tinha ligado.
IDL
Fala meu bem
- Porra, te ligo tu nem atende pô. Colfoi?
Estava na laje ativando a marquinha e o celular ficou aqui em baixo. Diga o que tu quer.
- Se liga que mais tarde nos vamos dar um peão em, comemorar teu aniversário da melhor forma pô, umas 9 horas tô no teu portão.
Tá bom. Aonde nós vamos?
- Ih, curiosona tú em, só vai saber quando chegar lá, fica gostosona em, fui.
FDL.
Um abuso esse cara, vê se eu posso com um negócio desses, bom que eu ja estava praticamente pronta, só colocar a roupa, que eu vou passar horas para escolher por não saber aonde iríamos.
Aproveitei para entrar nas redes sociais e responder as mensagens que a galera estava mandando, minha mãe no Facebook postando foto minha quando eu era bebê, criança, um eterno book, ela se empolga nessas datas, fica toda nostálgica e eu vou no embalo.
Depois acabei decidindo ir para a pista, na feirinha que as coisas são com precinho mara, precisava de umas maquiagens e aproveitaria para comprar outras coisinhas.
Peguei minha carteira e meu celular e peguei um moto táxi até lá na feirinha, quando chegamos, desci, paguei e comecei as comprinhas.
Comprei maquiagens, lingeries, umas roupinhas, relógio, umas coisinhas para decorar o quarto e ainda levei coisa para a galerinha de casa.
Cheguei em casa já cheia de sacolas, joguei tudo na cama e me deitei um pouco, cansei, credo.
- Luana, Luana - Ouvi a voz da minha mãe longe e acabei despertando.
- Oi? - Perguntei abrindo os olhos. -
- Se ajeita garota, tá aí toda torta babando - Falou.
- Quantas horas em mãe? Peguei no sono que nem vi mulher.
- Trouxe a feirinha quase toda também, já são oito horas, já cheguei, já banhei, já assisti e tu aí roncando igual uma porca - Sentei na cama em um pulo - O que foi menina?
- Vou sair com o Luís mulher, daqui uma hora ele chega - Me levantei nas carreiras, coloquei o celular para carregar, peguei uma toalha e fui para o banheiro, minha mãe ficou lá rindo de mim.
- Parecendo uma barata tonta - Comentou antes de eu fechar a porta e eu dei língua a ela.
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DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.