"A cada quatro minutos uma mulher é agredida no Brasil e uma morre a cada sete horas."Se tornou comum nos jornais notícias de homens que matam as mulheres, os casos só aumentam, eles acham que são donos delas e que podem fazer o que quiserem, mas não.
Ninguém veio no mundo para sofrer na mão de alguém, para morrer, quando só se quer amar e ser amada, se quer alguém para complementar a sua felicidade, um parceiro para a vida toda.
Infelizmente a medida protetiva de nada vale, muitas morrem tendo ela. Precisamos de abrigos que acolham essas mulheres, precisamos de leis severas para homens que são abusivos, estrupadores, feminicidas.
Mulheres estão perdendo a vida e eles ficam impunes, fogem, são presos logo soltos, e quem perdeu a vida, a inocência, a sanidade mental, são as mulheres. Nós merecemos respeito.
Entrar em um relacionamento hoje em dia é como entrar em um labirinto, você tem a certeza que vai entrar, mas não tem se vai sair.
É difícil ser mulher hoje em dia, nos julgam até pelo que vestimos, saímos de casa com medo de assédio, estupro, não respeitam o nosso "não".
O livro trata sobre relacionamento abusivo, feminicídio entre outros. A realidade de muitas mulheres.
É a realidade, mas nós não somos obrigadas a aceitar isso e não podemos.
Temos casos de mulheres que ficam até o final amando o cara, por achar que ele um dia vai mudar, por amor. A dependência emocional as faz ficar, elas não vivem bem, mas não quer deixar ir, por um dia achar que tudo vai melhorar.
A Luana abriu os olhos mas mesmo assim permaneceu no relacionamento por medo, vergonha, ameaças.
Quero dar ênfase aqui, que a vítima nunca tem ou terá culpa. Não julguem, vocês não sabe o que realmente se passa no relacionamento. Só quem sabe é quem passa.
Então parem de dizer " se fosse eu", não, não é você quem está na situação, não cabe a ninguém julgar. É vergonhoso ver mulheres julgando as outras quando podia estar dando apoio.
O peso de um julgamento na vida da pessoa faz estrago.
Se puder ajudar ajude, mande uma mensagem, mostre que está ali. As vezes só se precisa de uma mão amiga para apoiar e se a pessoa não quiser, tudo bem, você fez a sua parte.
Sejam mulheres que levantam outras mulheres.
(...)
Mulheres, por favor, se amem antes de amar alguém, não sejam dependente do amor de ninguém.
No primeiro sinal de abuso, cortem, terminem, se falarem um A mais alto com você, fale o alfabeto inteiro. Jamais abaixem a cabeça, porque se você abaixar vai ser pisada.
Se te baterem, revide e termine o relacionamento, não espere o próximo tapa, porque a tendência é só piorar. Quem trai, bate, humilha, não ama.
Eu vejo que por amor, as vezes perdoam, raramente há uma melhora do companheiro. Mas a maioria não melhora e sim piora, mostre que ninguém pode te tocar sem a sua permissão, exija respeito.
Entendam que você se basta, você é perfeita do jeito que veio ao mundo, que você é única. Jamais deixem que digam ao contrário. Se amem e veja o quão bom é.
Se alguém não te dá valor, essa pessoa não te merece. Não faça que a sua felicidade dependa de outra pessoa, seja feliz consigo mesma, o que vier é complemento.Há casos também de mulheres abusivas, que fazem amarração, até matam, mas é minoria se parar para comparar. Porém, não sejam assim também, não faça com os outros aquilo que você não quer para você.
(...)
Mulher é superlativo de força, todas são um mulherão da porra. Jamais permita que tirem a sua força que digam o contrário.
Finalizo agradecendo a cada mulher que defendeu, aconselhou, ficou do lado da Luana. Vocês são motivo de orgulho e é muito bonito ver essa sororidade.
Juntas somos mais fortes.
Para as mulheres que julgaram, melhorem.
Para todas leitoras, o meu muito obrigada pela leitura de mais um livro meu, pela companhia virtual.
Foi doído escrever esse livro, mas eu sentia a vontade de escrever e assim fiz. Espero que tenham gostado e tirado ao menos uma lição.
Se você gostaram desse livro e dos outros que escrevi, não deixem de me seguir, porque qualquer novidade vocês serão notificadas.
Sintam-se abraçadas virtualmente. Um cheiro.
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DO MEL AO FÉU.
Genç KurguPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.