Luana.
1 ano depois...
Cá estou eu na loja da minha mãe atendendo, sigo aqui bem plena, já estou com meus 18 anos e com minha carteira de habilitação A e B queridas, próximo foco é um carro ou uma moto.
Minha mãe se arranjou com o cara do samba e estão sérios, dizendo ela que cansou de pegação, mas é ele na casa dele e ela com a gente ainda, ele foi lá em casa e parece ser muito gente boa, Carlos o nome.
Louise agora divide a guarda do Bryan com o pai dele, ele pega o neném um final de semana sim e outro não, já registrou o garoto e tudo, morre pelo neném. Gostosão da titia agora tem três anos, fala igual um papagaio, está cada vez mais esperto.
Luis subiu de cargo, agora é soldado do morro, vive andando ou em cima de moto pra cima e pra baixo com arma e mochila nas costas, as vezes está nos becos ou desfilando no morro, a avó dele quando viu a primeira vez passou mal tadinha, mas é a vida que ele quis seguir né e já era de se esperar, pra mim não foi surpresa nenhuma, as vezes finjo que nem vejo e ele vem me perturbar, mando logo ele ir trabalhar e pego meu rumo.
Nós continuamos namorando, estamos bem, seguindo firmes e fortes, toda semana tiramos um dia pra tomar uma cerveja juntos, curtimos baile juntos, tô curtindo muito esse namoro, quem diria né, logo eu que não queria nada com esse garoto.
Terminei de atender a moça e fui até minha mãe.
- Menina essas marmitas fitness estão sendo um sucesso né, até quem não malha está pedindo - Comentei com minha mãe.
A loja como sempre muito bem movimentada, com muita saída de marmita, todo dias os bandidos mandavam alguém vir buscar, pagavam era por mês e ainda davam a mais, quando tiver meu negócio quero ter essa consideração também, porque o privilégio é grande.
Minha mãe a queridinha deles estava indo até pra pagode e frevo em laje deles, eu só ia com Luis e a vezes e ela se acabava porque não pagava nem bebida, chegava aqui trupicando e eu ainda tinha que ficar sentada no vaso vendo ela banhar e ouvindo as conversas dela.
Mandei uma mensagem para o Luís porém nem chegou no celular dele, voltei logo a trabalhar.
- Minha filha você fecha aqui hoje? Marquei manicure agora por causa do jantar com Carlos. Tudo bem pra você? - Falou e eu assenti. Mal sabia ela que ia ser pedida em noivado, Carlos conversou comigo e com Louise pedindo nossa opinião e tudo mais, apoiamos claro, e demos dicas pra ele.
(...)
Estavamos todos em um restaurante bem chique, claro que viríamos prestigiar esse momento, estávamos conversando quando Carlos chamou o Bryan e eu e Louise aproveitamos para distrair minha mãe.
- Não aguento mais trabalhar em mercado, é muito cansativo - Minha irmã falou enquanto tomava um gole de vinho.
- Tem que aguentar, porque tem muita gente procurando serviço e não encontra - Minha mãe disse - Quando te chamei pra trabalhar comigo não quis, agora fica aí reclamando.
- Não tenho afinidade com comida, faço porque tenho que comer, mas gostar mesmo de fazer não gosto - Falou e eu sorri negando com a cabeça.
- Vovó - Bryan voltou correndo chamando nossa atenção e Carlos vinha logo atrás - Tem um presente pra senhora.
- Sério? E o que é? - Perguntou encarando ele.
- Levanta vó - Pediu puxando ela pela mão e ela levantou, ele tirou as mãos das costas e entregou para ela uma caixinha de veludo vermelha.
- Mas o que... - Parou de falar assim que abriu a caixinha - Ah não acredito - Falou já ficando emocionada.
Carlos se ajoelhou e segurou a mão dela.
- Quer se casar comigo?
- Eu não - Ela falou e ele engoliu em seco ficando super sem graça - Eu não teria como negar um pedido desse - Falou e nós batemos palmas todas felizes, a galera do restaurante ainda acompanhou a gente enquanto o casal 20 trocava alianças e se beinacam.
Tudo muito lindo de verdade, todo mundo com o coração feliz e a barriga cheia, eu e Louise viemos para casa de Uber, já que o casal ia comemorar, Bryan já dormia no colo de Louise, descemos no pé do morro e subimos pra casa.
Eu tentava ligar para Luis já que não tinha conseguido falar com ele hoje, Louise me cutucou e eu olhei pra frente, tinha uma tropa lá em frente de casa, já comecei a me desesperar, coisa boa não era.
E o cara ainda estava lá cara o do programa, vulgo batia certinho com a descrição dele, Gordinho.
Engoli em seco enquanto me aproximei deles e Louise entrou para colocar o neném na cama.
- Pois não? - Perguntei enquanto eles me encaravam.
- Aí, vou falar logo o bagulho sem enrolação tá ligada, mano Bárbaro caiu pô, foi pra tranca.
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PJL PRO MANO BÁRBARO.
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DO MEL AO FÉU.
Teen FictionPor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.