Luana.
- Ai mãe, quero ir é para casa e a senhora inventando moda de fazer compra uma hora dessa. Segunda feira chegando e não pode esperar não é? - Falei enquanto ela praticamente me obrigava a ir com ela fazer compras.
- Na hora de comer quer né, vai fazer comprar comigo sim e na segunda vamos fazer compras para a loja, porque aí da tempo da gente arrumar tudo no lugar. - Falou e eu revirei os olhos.
- Escravizada tá on - Falei levantando os dedos e fazendo bico, ela negou com a cabeça sorrindo. - Já vou logo avisando que vou pegar minhas besteiras em, não venha me empatar.
- Pode pegar o que você quiser - Já sorri logo - Pagando quando a fatura do cartão chegar não tem problema nenhum - Fechei a cara.
- Ih, vou pagar nada não mona - Gastei com ela.
- Eu desconto do seu salário, problema nenhum moninha - Piscou pegando um carrinho e eu peguei outro.
De corredor em corredor fomos nós, quando chegou no de doces, minha mãe passou reto e eu entrei, peguei minhas coisas de higiene e hidratação também, porque ela faz a vaidade dela.
Passei minhas coisas separadas e já paguei, parte boa de trabalhar é isso, poder comprar minhas coisinhas. O resto a gente dividia em três, todo mundo come todo mundo ajuda a pagar, nada mais junto. Peguei minhas coisas para levar na mão e o resto pedimos para entregar.
- Ai, graças a Deus, tô só o pó - Falei assim que minha mãe abriu a porta. Já fui logo com minhas compras para o quarto, arrumei até uma caixa pra guardar os doces, porque se ficar solto aparece bicho no meu esconderijo e aí não dá né.
Na hora que abri a porta do quarto tomei um susto tão grande que as sacolas caíram no chão.
Luis tava lá sentando na minha cama com um buquê de flores e uma caixinha na mão, ele se levantou e veio andando na minha direção.
Eu já estava nervosa toda, coloquei as mãos na boca, coração acelerado né, gente que arraso, eu não esperava que fosse tão rápido assim.
- Fala tú minha donzela. Tu quer namorar comigo? - Abriu a caixinha mostrando as alianças e eu tirei a mão sorrindo.
- Quero, quero sim - Falei fazendo ele sorrir, ouvi palmas e olhei para trás vendo minha mãe e minha irmã que estava com Bryan no colo até ele batia palmas.
Colocamos a aliança e logo ele me deu o buquê, abracei ele que beijou o topo da minha cabeça e me apertou em seus braços.
Coloquei as flores na cama e fui beijar ele que sorriu entre o beijo. Eu toda bobinha, gente que isso quem diria.
- Vem jantar casal - Minha mãe gritou lá da sala e nos separamos.
- Deixa só eu guardar minhas coisas e nós vamos - Falei para ele que assentiu e guardei tudo rapidinho.
- Vou dar o papo pra tua irmã onde tu esconde os doces.
- X9 morre cedo em, se falar já sabe - Fiz sinal de arminha e ele sorriu segurei em sua mão e fomos para a sala.
- Gente quem pediu pizza? - Falei vendo as caixas sobre a mesa.
- Teu namorado - Louise falou e eu encarei ele que só assentiu com a cabeça.
Nos sentamos e começamos a comer, peguei a pizza na mão, dobrei e mordi, não tem graça nenhuma comer pizza de garfo e faca, bom pelo menos pra mim. Na hora de comer não tem que ter frescura não o jeito mais fácil é melhor.
- Então vocês sabiam de tudo né, por isso minha mãe me arrastou para o mercado - Falei enquanto conversávamos.
- Ué, ele pediu ajuda. Como eu ia negar um pedido desse? - Minha mãe falou dando de ombros.
- É mermo pô, valeu pela força aí - Luis disse fazendo joinha pra minha mãe.
- Uma pena vocês não poderem comemorar melhor né, porque a bonita aí tá com o joelho todo machucado. - Minha irmã falou e eu cerrei os olhos nela enquanto Luis e minha mãe gargalhou.
- Pior né cara, porra, que vacilo véi, mas acho que se coloca uma faixa dá pra encarar né - Luis entrou na dela e eu o encarei seria.
- Vou enfaixar tua piroca também, seu ousado. - Eles gargalharam.
- Usem camisinha viu, tu tem muito o que viver ainda Luana, aproveita bastante a vida a dois e depois inventa de ter filho.
- Gente que isso, calma, vamos viver um dia de cada vez. - Falei.
- Só estou te aconselhando minha filha - Minha mãe falou e eu assenti com a cabeça.
- Cheguei tarde? - A avó de Luis disse assim que abriu a porta. - Demorei por causa do culto.
- Que nada mulher, entra e vem comer - Falei, ela primeiro deu um abraço em todo mundo e depois começamos a jogar conversa fora.
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DO MEL AO FÉU.
Ficção AdolescentePor dentro aos prantos, a alma sangrando, agindo como nunca quis, arrependida da escolha que fiz.