Capítulo 1

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A coroa parecia ter um peso surreal, até parecia que a cabeça da única princesa do reino, poderia despencar

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A coroa parecia ter um peso surreal, até parecia que a cabeça da única princesa do reino, poderia despencar. Os dentes da bela senhorita estavam trincados, naquele jantar ela exercia um autocontrole impressionante. Ouvir todas aquelas coisas lhe causava ânsia.

— O que pensa disso, princesa? — o general sorriu maliciosamente para a princesa. Não era como se ele realmente não soubesse o que ela pensava daquela situação horrorosa. Ele fazia questão de envolvê-la naquela discussão. Desejou ter algum poder real, não ser apenas a feição bonita e adorável do reino.

— Certamente o seu sentimentalismo não vai interferir no progresso do reino, estou certo disso, Helena?— o rei colocou a mão sobre a mesa. Era um convite para que unisse suas mãos à dele. O asco que ela sentiu por aqueles homens era tão intenso que ela poderia vomitar a qualquer momento. Certamente as aulas de etiqueta haviam-na ajudado a mentir e dissimular muito bem.
Ela sorriu com uma aparente doçura, uniu a sua mão na dele.

— A minha lealdade pertence a ti, meu rei.

O rei sorriu de maneira contida diante daquelas palavras.

— Diga-me, querida, tudo certo com a vossa viagem? O Reino de Andorra é longe, gostaria de me certificar se realmente deseja ir. Sei bem como aqueles homens babam por uma mulher, especialmente tão bela como você.

Helena abaixou a cabeça em concordância. Como ele ousava falar daquela maneira, ou de alguma forma tentar acaricia-la? Ele era o seu padrasto. Como ele podia sequer imaginar em se aproximar, quando tinha feito a vida da sua mãe um inferno na terra?

As terras de Andorra, o reino não tão próximo de Albânia , grande em poder militar, possuía um líder em ascensão que estava se mostrando poderoso e excelente em combate. Há alguns meses atrás uma carta havia sido enviada, carta essa que convidava a princesa Helena Ayala para uma visita. Ninguém era tão inocente em pensar que isso se tratava apenas de uma visita. Na melhor das hipóteses ele desejava uma aliança, por meio dela, com o reino de Albânia. Claramente o governante achou por bem enviar a enteada para lá, desejava que ela descobrisse mais sobre esse novo líder. Tudo o que sabiam era que ele não era um homem dado aos eventos sociais, recluso, violento e poderoso. Depois de muito pensar, a princesa decidiu ir. Algo a incitava a isso, talvez a sua vontade de se ver livre do palácio por alguns dias ou talvez não.

— Está tudo pronto, meu rei, o que falta é apenas estar dentro do barco.
Isor suspirou profundamente.

— Tudo bem.— sorriu ele.— sinto por não poder acompanhá-la, mas o dever chama por mim.

— Eu entendo, senhor, não se preocupe, logo retornarei.— curvou-se logo em seguida se pôs de pé. Precisava ir.

Era estranho como as coisas mudavam em pouco tempo, visões de mundo, decisões eram tomadas, pensamentos entravam em colapso. Não diria que os pensamento de Helena estavam caóticos, mas seria certo dizer que ela mudou as suas atitudes, o que poderia aparentar tal atribuição. Aos poucos haviam saído da sombra que aprendera a criar para si mesma, não foi algo visível. A imagem de princesa perfeita, obediente e com cabresto era tão forte que ninguém jamais imaginaria que ela não era a favor do reinado de Isor, certamente não era. Quem poderia desconfiar que a gentil e doce Helena seria contra o reinado do homem que gentilmente permitiu que ela continuasse no palácio após a morte da mãe? 

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