Capítulo 37

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"Levem os fardos uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo."¹

O calor em Andorra havia chegado brutalmente

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O calor em Andorra havia chegado brutalmente. Por sorte, o castelo estava mais fresco que os demais locais. Helena nunca desejou estar tanto no castelo como naquele momento, sentindo o suor escorrer por seu vestido justo no busto.

 Por qual razão escolheu um vestido negro? Uma terrível ideia!

Mas não queria reclamar, era a primeira vez que estava diante de uma corte. Nobres e conselheiros estavam reunidos no prédio de Concílio, localizado no centro da cidade. Era rodeado por um muro de pedras de dois metros, protegido por diversos guardas. O tema era previsto por todos antes mesmo da convocação real: Isor.

— Não acredito que deixar o terço do nosso exército seja uma boa escolha, majestades.— Tauren, conde de England, manifestou-se. Até onde Helena sabia, as terras sob sua proteção eram as mais edificadas, fora as que eram comandadas pelo rei. A mesa enorme, contava com a presença de ambos governantes de Andorra unidos na cabeceira. Estavam em um total de cinco, um conselheiro, dois condes, o rei e rainha. Tempos atrás houve a oportunidade dos outros discutirem suas ideias quanto a estratégias, mas, aqueles presentes eram as pessoas de maior confiança ali, além do grande nível de habilidades.

— Compreendo, há famílias em Albânia que naturalmente deseja proteger, mas não podemos arriscar a segurança deste país ou das nossas famílias.

Era costume dos governantes ouvir o que os líderes tinham a dizer e depois declaravam suas decisões, geralmente em promulgações ou reuniões, dependia da seriedade. Por vezes apenas discutiam.

Helena esteve atenta a cada sugestão de melhorias em seguranças em diversas cidades e relatórios de desenvolvimento, mas com aquele seleto grupo deveriam discutir. A decisão final era do rei, mas a rainha possuía grande poderio.

— Estou certa que nossos exércitos são poderosos. Será por pouco tempo, eu garanto.— pronunciou detidamente.— Logo a situação voltará a normalidade. Não devemos deixar de considerar que a Albânia é um alvo fácil, um elo fraco pode causar problemas.— os cabelos da rainha estavam presos no alto da cabeça. O vestido negro cobria seus braços num tule transparente e largo, a saia não possuía volume. O linho grosso era o suficiente, não marcava nada abaixo dos quadris. Uma fita dourada contornava o decote quadrado, era o seu preferido. E, para enfeite, usava uma tiara dourada com uma obsidiana triangular caindo em sua testa. Estava belíssima. Os tons escuros lhe caíam bem. 

A cadeira acolchoada, maior que as outras ao redor, até mesmo maior que a do próprio rei era uma canção para suas costas cansadas dos treinos recorrentes. O banco para ao apoio de seus pés, ou o apoio de braços não ficava para trás. 

— Neste caso, a sugestão de acrescentar guardas nos portos e moradias reais. Será o suficiente, por ora.— concluiu. O rei se pôs de pé, significava o fim da reunião. Em seguida os outros se colocaram-se de pé, curvaram as frontes em respeito às autoridades ali presentes, aquele gesto no momento indicava o respeito que possuíam e a confiança para decisões que não lhes cabia. Funcionava tanto para o rei quanto para a rainha.

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