"Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu."
A vida é cheia de altos e baixos, erros e acertos, não somos perfeitos, não há como viver de maneira ideal, uma utopia, mas algo é certo nessa trajetória, há sempre a esperança e a p...
"(...) Há tempo de guerra e tempo de paz. Tempo de plantar, tempo de arrancar"¹
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Jerrin soltou um prolongado suspiro. Era possível notar as linhas de expressão, uma contagem progressiva da idade. Os cabelos escuros já estavam uma desordem tão cedo pela manhã. O relógio mal apontava às 10h da e tinha toda aquela problemática para resolver. Toda a raiva crescente para controlar. Não lembrava de ver pessoas tão rebeldes, obstinadas e cruéis como nos últimos dias.
— Majestade, eu sinto muito, não pretendia entrar em conflito direto, mas eu não pude me conter.
Diante do rei havia quatro soldados. Dois generais, dois transgressores. O dia começou lindamente, os pássaros cantavam a sua janela, devido à visita de Amélia o café da manhã estava mais animado, tanto ela quanto Lana enchiam o salão com suas histórias, algumas vividas e outras feitas de suposições, mas os soldados tiveram a brilhante feito de discutir no alojamento naquele dia. O seu soldado agiu covardemente.
Jason foi o soldado a pedir desculpas por sua infame atitude. Lauros, capitão da guarda real em Andorra, atual responsável pelas tropas em Albânia, afirmou que seria menos escandaloso ter uma audiência com o próprio rei. Ajax, o general responsável pelas tropas de Albânia, consequentemente por Jason, um dos acusados.
— Está mesmo declarando que John, um garoto com metade da sua idade, foi capaz de realizar tamanho estrago?— Lauros questionou zombeteiramente sem mover um único músculo desnecessariamente. O sangue ainda escorria do corte indiscreto na sobrancelha do soldado. Não era o único machucado. Havia marcas arroxeadas ao redor dos olhos, o esquerdo estava demasiadamente inchado pela quantidade de socos. John, por outro lado, tinha um pequeno arranhão no canto da boca.
Jerrin conhecia o desempenho do soldado Jason, era um dos mais lentos e era conhecido por seu comportamento implicante.
Em certo aspecto, uma discussão entre as duas tropas de soldados demorou para acontecer. As culturas diferiam, mesmo se entrelaçando com o passar do tempo, não houve completa homogenia. Os homens de Andorra aprendiam desde o início da vida a respeitar as mulheres ao seu redor e honrar a sua esposa, amar e protegê-la acima de tudo. Aquela cena grotesca causou horror naqueles homens. Se fosse em Andorra, Jason morreria ali mesmo, mas as ordens do rei foram claras: "não quero receber reclamações de problemas que vocês se envolveram por intromissões. Não importa o que seja, controlem-se, finjam que não viram. Não estão em casa, rapazes, não quero mais problemas para nós. Comportem-se, ou eu mesmo venho até vocês para lhes dar uma surra!". Sendo assim, deveriam esconder a raiva, por mais nojenta que fosse a atitude do soldado. Deixaram passar muitas situações que consideravam erradas ou até mesmo incômodas, como a mania de bebida dos soldados em horário de serviço, ao ponto de caírem bêbados, ou as constantes reclamações a cada passo que davam sobre tudo, ou a alimentação desregrada que os impedia de ter um melhor condicionamento físico, ou as conversas absurdas sobre as mulheres que encontravam, tendo-as como objetos prazerosos. Lembrariam de manter as suas familiares o mais longe possível daquela corja. Mas naquele dia algo insustentável, a eles, aconteceu.
