Capítulo 90

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"Aquietai-vos e sabei que sou Deus"

Braços confortáveis envolviam o corpo quente e minúsculo

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Braços confortáveis envolviam o corpo quente e minúsculo. Um largo sorriso abrilhantava o rosto dos reis olhando aquele pequeno rosto franzido, amassado. Céus, o bebê era tão minúsculo. A pequena criança moveu a cabeça para o lado bocejando. Sua mãe gargalhou quando a pequenina soltou um gemido sonolento. Como poderia ser tão adorável?

Isobel aquecia a criança perto do seu peito. Há tempos não saía da cama, apenas descansava com a recém nascida nos braços. Ela tinha pouco mais que algumas horas, não era nada anormal olhar com tanta atenção para a pequena Helena, a primeira de uma grande família. Os Reis estavam certos sobre algo, aquele quarto nunca esteve completo até aquele dia, a família estava completa.

Jerrin acariciou os cabelos da esposa suavemente. Quais palavras seriam exatas para descrever a devoção que sentia? Não conseguia tirar os olhos da sua filha. Ela era tão pequena, frágil, desprovida de cabelo, talvez um tanto feia, mas era sua. Completamente sua. Sua bebê, parte dele. Aquele era o começo de uma vida incrível. Ele, sua esposa sorridente, sua filha, ambas em seus braços. Um mundo seu.

— Eu amo você. — Isobel olhou para o esposo. Mordeu os lábios em meio ao sorriso vendo a água acumular-se nos olhos dele. Ele era a personificação da felicidade, isso estava nítido para qualquer um com olhos. Em resposta o marido apertou mais forte seu ombro e beijou demoradamente seus lábios. Ele não diria nada, ela sabia. Ele evitaria falar enquanto estivesse tomado por emoções. O silêncio carregava mais do que belas palavras naquele momento.

O passado doloroso parecia ter se distanciado. Pudera. Para os reis como Jerrin, Isobel, Tamires, a chegada dos novos membros na família foram um sinal de esperança. Tudo que eles desejaram e lutaram no passado foi especialmente por eles. Para que nenhum deles precisasse sofrer as duras quedas de perseguições, traições; deveriam ter um recomeço. Eles viram seus filhos crescendo, mas não o futuro. Tamires não viu sua linda e impressionante filha definhar, não viu seus dois garotos perderem seus rumos e por pouco não conseguiu voltar. Isobel não viu a sua filha seguir seus passos e casar com um "desconhecido" em prol de algo maior. Mas havia algo que eles viram antes da sua morte, o trabalho árduo de suas mãos. Cuidar de um reino, para eles, não conseguia superar o trabalho de cuidar de crianças; e, céus, aquelas crianças pareciam bem em seus caminhos. Infelizmente não puderam acompanhar todas as fases, mas, tinham certeza de algo ao se unirem à terra, eles não estariam sozinhos. Não importava as provações enfrentadas, eles ficariam bem, porque, eles como reis, puderam ser bons.

Helena podia visualizar a imagem de um passado onde seus pais e ela existiam na mesma linha do tempo. Um momento da infância onde estavam juntos, um momento do seu nascimento, podia fazê-lo com a descrição do seu pai sobre o passado. Sentia-se próxima a eles quando lia sobre o passado deles, parecia ser capaz de assistir à primeira vista. Ela fechou os olhos buscando memórias; as mais belas estavam armazenadas em algum terno lugar da sua mente. Ela ignorou os dentes batendo violentamente um contra o outro, o frio da água envolvendo seu corpo e o quão rápido ela avançava, há alguns momentos ela estava nos seus pés, mas agora estava próxima ao seu pescoço.

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