Capítulo 15

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"Para tudo há uma ocasião certa (...) tempo de derrubar e tempo de construir(...), tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz."— Eclesiastes 3:1,3,8

— O que está fazendo aqui?

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— O que está fazendo aqui?

Os soldados trocaram olhares. Ele não deveria estar ali? Certamente os recentes acontecimentos deixaram a situação um tanto confusa.

— Adoro ser bem recepcionado. — manejou a cabeça para o lado balançando um envelope entre os dedos — Foi você quem me chamou, alteza. Perdoe-me, devo dizer majestade, deslize meu

Helena revirou os olhos diante do sorriso maroto de Lorenzo. Os soldados estavam atentos, alguns até apoiavam a mão, prontos para desembainhar a espada. Não haviam gostado da intromissão de um soldado de fora em seu reino, não precisavam de um rei fazendo o mesmo. Era suficiente trabalhar e preparar-se para situações incertas. Uma nova rainha, ascensão no trono, queda colossal no orçamento e provável batalha com o leste. Ter Lorenzo no país era apenas mais uma razão para preocupação. Ele não era confiável aos seus olhos.

— Não houve tempo para chegar em Andorra, então por que você está aqui?

Ele não respondeu, ao invés disso, apontou para a carruagem à espera da rainha. Era um indicativo de uma séria situação. Helena bufou com tal pensamento. O que não indicava seriedade nos últimos dias ou horas? Ela mesma quem pediu para conversarem.

Jhon olhou para os dois senhores, ambos encarando-se fixamente. Onde eles pensavam chegar? Acaso podiam ler mentes? Seria melhor desenrolar aquele assunto logo, ninguém tinha tanto tempo disponível para ficar parado em silêncio.

Na sala de visitas, era servida algumas xícaras de chá a portas fechadas, presentes apenas Jhon, Helena e Lorenzo. O cheiro recente de limpeza enchia as narinas de Helena de forma agradável, os arranjos de flores com certeza ajudaram. De certa forma parecia ter a capacidade de diminuir a tensão presente.

— Hector e Liz? Não era apenas essa pergunta que estava em sua mente. Gostaria de saber como Lana estava com a situação, queria muito saber porque ele estava lá naquele horário da manhã, visto haver partido por volta do meio-dia, no dia anterior. Não era tempo suficiente para a carta chegar ao destino e ele retornou, eram mínimo 16h de distância entre Albânia e Andorra.

— Na medida do possível. Houve um imprevisto, batemos num arrecife, graças a neblina. Por sorte, estávamos próximos de Gaian. Hector e Liz estavam estáveis quando me retirei.

— O mensageiro o encontrou na parada? A viagem entre o país de Albânia e Andorra era demorada, então às vezes, era preciso haver alguns pontos de parada, alguns países e se disponibilizaram para servir de passagem, como é o caso de Gaian.— Pode falar alguma coisa?— questionou já impaciente com todo aquele silêncio. Por qual razão estaria mais nervosa? A expressão sereno de Lorenzo bebericando um chá em um momento tão estressante ou a carta enviada sobre a mesa.

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