Capítulo 64

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"Corações se partem, então eu espero que você saiba que por você eu daria a minha vida para fazer o seu coração bater melhor, eu morreria mil vezes para que você pudesse viver eternamente. Então, espero que você saiba que é por você que eu tenho cicatrizes, para que você não tivesse que se machucar, eu teria um bilhão de outras porque para mim você vale a pena. Meu amor não vai te decepcionar, eu prometo" ¹

— Pai!—  braços magros e finos enroscaram o pescoço de Jerrin com força

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— Pai!— braços magros e finos enroscaram o pescoço de Jerrin com força. — Graças a Deus o senhor está bem! Sabia que ficaria bem, mas ainda assim fiquei preocupada. Como o senhor está? Está mesmo bem?

— Eu quem deveria perguntar. Nenhum dos meus ferimentos me levaram à beira da morte.

Encontravam-se numa casa alugada naquele momento. Havia um grande prédio usado para assuntos oficiais da ilha, nada comparado àqueles em Yale, Luminus, Andorra, entretanto era o suficiente. Não havia um castelo ou mansão no local para alocar aquelas pessoas, então com certa antecedência os reis pediram as melhores casas da região, ambas vizinhas e próximas do prédio da ilha. Como não haviam casas suficientes, alguns tiveram de dividir, como era o caso de Habaque e Mar-Azul, o que aos olhos de Helena não pareceu inteligente. Como a pessoa inteligente que era, Aurora negou a ideia de Tarkin em segui-lo, alocando-se no casarão alocado pelos Beaumont e Hardim.

A reunião aconteceu às 19h30, então, enquanto isso os nobres visitavam uns aos outros. Helena estava satisfeita em confraternizar com o pai. Não sabia em qual momento ele e Lorenzo conversaram. Não sabia que uma simples ajuda a Aurora para abrir as portas de um armário seria tempo suficiente para Lorenzo contar sobre seus maus dias e ainda declarar que foi algo mortal. Bem, de fato era verdade. Mas ele não precisava saber. Aquela era a primeira vez que o via em semanas e poderia conversar o que não pôde em 6 meses. Mencionar sua ferida terrível não era muito animador.

— Nada que um bom médico, oração e sorte divina não cure. Estou ótima como podes ver. — assentou-se ao lado do pai. Na sala havia três grandes sofás, dois paralelos e outro capaz de alcançar a cabeceira de ambos. Lorenzo estava sentado no sofá ao lado, nitidamente confortável. Apesar da menção ao ferimento quando ela desceu as escadas, eles pareciam envoltos em um assunto interessante. Logo Jerrin revelou que assim que notou a movimentação na casa voltou da sua visita a um velho amigo, Kirion.

— Seu esposo estava contando algumas coisas interessantes como a sua pequena desavença com Amélia. — Helena virou-se para o marido de sobrancelha erguida, fazendo mil e uma promessas, todas enraivecidas.

— Meu marido é um fofoqueiro, meu pai, não acredite em tudo que sai daqueles lábios. Ele me disse que estou acima do reino, mas só ficou em casa porque estava com medo de ficar viúvo. — expôs o argumento.

Lorenzo empertigou a coluna lançando um olhar ofendido para a esposa. A qual virou o rosto para o lado oposto com um sorriso irônico nos olhos.

— Meu Deus! Como você consegue ser tão cruel? Eu estava ajudando a resolver seus problemas e é assim que sou tratado? Ah, sinceramente, Helena! — cruzou os braços mostrando-se ofendido. Com um sorriso cheio de pedidos sinceros de desculpas, Helena rapidamente saiu do sofá que estava para o lado do marido beijando seu rosto duas vezes.

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