Capítulo 13- Parte 1

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" Mas o mar é fundo demais
E as ondas vem me atingir
E se eu tentar caminhar e duvidar
E se eu cair... "— Por Sobre a Dúvida.

Silêncio

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Silêncio... 

Uma simples palavra repleta de significados. Pode indicar a quietude, sossêgo, paz, serenidade calmaria ou apenas a ausência do som, advinda de várias razões, entre elas: o choque, grande impacto que causa a ausência de palavras. 

Para Helena, o silêncio era consequência da grande surpresa ante a sugestão do seu aliado. 

Casamento? 

Relembrava os últimos acontecimentos do fatídico dia. 

Isso não deveria ser estranho. Ela era uma princesa, ele um rei, ambos tinham uma causa. A aliança matrimonial era aceitável e muitas vezes indicada para uma situação como aquela. Porém casar-se parecia um ato tão profundo e solene. Unir-se por uma vida inteira não era uma tarefa fácil, era arriscado demais tal união por fins como aquele. 

— É uma sugestão, não se sinta coagida. É provável que Aaron ajude-a ao saber sobre a princesa. — disse Lorenzo, vendo-a tão confusa e introspecta. 

Helena negou com um aceno. Antes de procurá-lo, pensara em Aaron. Anelise era sua amiga e era de sabedoria comum o fato do poderoso rei ouvir os conselhos da sua princesa e ter grande estima por eles. Tomando conhecimento disso, viu uma possibilidade, porém ele era o rei do Sul, também era um homem solitário, tinha a sua maneira de resolver conflitos. Não poderia confiar nele, não via motivos para isso. Não estava disposta a correr esse risco. Assim que tomasse conhecimento da situação da princesa, estaria furioso e pessoas descontroladas, atrapalham. Isso valia para ela mesma tomar controle de suas emoções no momento. 

— Aaron não é confiável. Majestade, sabes que o que está a propor-me altera o curso de milhares de vidas? O que deseja além do que já lhe foi concedido? 

As consequências de uma união ruim eram desastradas, o seu povo e ela mesma eram a provas vivas disso. 

Não poderia acreditar que Lorenzo iria tão longe por nada. Ela já tinha colocado os nobres do reino em suas mãos, era evidente que ele queria algo mais. A questão era descobrir o que. 

Era uma proposta tentadora. Se fosse a sua esposa, a Corte de Honra não implicaria com possíveis batalhas para defesa de território, visto que, era por um bem maior: proteção para a sua esposa e herança de futuras gerações. Os cidadãos ficariam mais seguros e os seus amigos estariam fora de perigo em todas as áreas. 

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