Capítulo 20

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*Assista o vídeo assim que acabar o capítulo*

Helena observava o crepitar da fogueira diante dos seus olhos, o palácio estava silencioso naquela nebulosa tarde

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Helena observava o crepitar da fogueira diante dos seus olhos, o palácio estava silencioso naquela nebulosa tarde. Um sorriso genuíno pintou o seu rosto, respirou fundo recordando dos últimos acontecimentos. Três semanas passaram desde a briga no palácio, dois dias depois chegaram cartas vindas do leste, parabenizando o casal, ambos confirmaram sua presença na festa de noivado, alguns até mesmo mandaram presentes tanto pelo casamento quanto pela recente posição de Helena; isso era um forte indício de que já não eram uma ameaça, mas isso não anulava as dívidas, então, Lorenzo disse que cuidaria dessa área visto que aqueles reinos tinham dívidas astronômicas para com ele, as quais não poderiam pagar nos próximos sessenta anos.

Nas celas subterrâneas haviam de fato nobres antigos ainda vivos, eram poucos e estavam com a saúde debilitada, mas não era nada que uma carta para Mar Azul não pudesse resolver. Eles eram ótimos médicos. Sobre Jerrin não havia o que dizer, não foi nada além do que ela soube no dia da confusão. Equipes de buscas procuravam, mas não tinham pistas de onde estava. A probabilidade dele estar morto era muito maior do que a permanência em vida no reino. Durante muitos dias Helena ficou focada nesse caso, porém passou a se dedicar aos livros de história do seu país e alguns que foram trazidos por Lorenzo. Estava fazendo todo o possível para encontrar Jerrin, ficar ansiosa não iria ajuda-la. Havia mais coisas para se preocupar, como enviar cartas para Lana, ela certamente o fez, escreveu quatro páginas, ali perguntava sobre o estado dela e de Hector e o que havia acontecido nos últimos dias. Lana foi curta e objetiva em dizer que ambos estavam bem, porém devido aos ferimentos, Hector precisava repousar, enquanto isso Helena deveria focar em seus problemas. Liz ao receber uma carta, respondeu que ficaria bem e que não era tão grave como parecia. Respostas evasivas e nada satisfatórias, mas se contentaria com elas por ora, afinal em algum momento teria de visitar Andorra. Não poderia deixar de ir mesmo se desejasse, graças ao casamento. Por questões óbvias, não era indicado, nem mesmo escolhido preparar a festa de noivado ali em seu país.

Apesar do recente silêncio e da volta do cotidiano dos cidadãos, preocupações rodeavam a sua cabeça. Quem regeria o local? Continuaria a ser a rainha, afinal, o trono lhe pertencia, porém, não teria como transitar sempre de um país para o outro, por isso era necessário um regente.

Estava um tanto ansiosa para a sua visita. Finalmente poderia tirar o foco do casamento, regência de reino e cartas quase monossilábicas, para algo interessante.

Deixou a xícara vazia em cima da mesa de centro na sala de estar, seguiu então para a área exterior, onde John a esperava. Franziu o cenho surpresa quando notou o rei encapuzado, parado ao lado da carruagem. O que ele fazia ali? Notando o leve opaco entediado nos olhos dele decidiu não fazer nenhuma pergunta, apenas entrou na carruagem.

Havia muito tempo que não fazia uma visita a eles. Para sua alegria a carruagem começou a andar. Olhou de relance para o seu acompanhante de viagem, notou que usando todas aquelas roupas de frio mais a capa negra o deixava intimidador.

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