"Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu."
A vida é cheia de altos e baixos, erros e acertos, não somos perfeitos, não há como viver de maneira ideal, uma utopia, mas algo é certo nessa trajetória, há sempre a esperança e a p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Você deve manter-se firme. — dizia Lorenzo. A reunião da Corte não lhe preocupava, entretanto, precisava ambientar Helena. — Não importa o que aconteça lá dentro, você não pode deixar que eles notem ataques pessoais, não os deixe ver nada sobre você ou será atacada. Aconteça o que acontecer, Helena, mantenha a calma, respire e espere, do contrário você lhes dará poder para ser despedaçada.
Quando ouviu tais palavras pensou em lembrar ao marido que era uma adulta, mas os olhos analíticos do pai diziam o mesmo silenciosamente. No passado ele foi o Rei do Sul, fez parte da Corte de Honra. Isso reforçou as palavras do esposo, deixando óbvio e gritante o cuidado que ela precisava ter consigo.
Claro, a reunião da Corte de Honra não era um monstro, mas ela precisava ter cuidado, sabia disso.
Quando chegou no prédio, o ar pareceu modificar-se. Ela viu a sala de julgamento com cadeiras distribuídas em formato circular, era um padrão para julgamentos. Os acusados e interrogados ficavam em evidência degraus abaixo dos ditos juízes. De frente para a porta principal ficavam os reis do Norte, frente a ele o Sul e quem o acompanhasse, ao lado leste, Yale e sua esposa, à oeste, Kirion e sua esposa. As testemunhas de cada ponto cardeal ficava ao lado dos respectivos países, porém abaixo dos reis. Dois soldados de seus respectivos países posicionaram-se ao redor de seus governantes.
Já vira algumas daquelas pessoas, mas naquele momento não ostentavam um sorriso educado ou gentil. Os homens exalavam soberba e as mulheres assentadas sobre tácita altivez. As coroas belas e absurdamente ricas sequer faziam jus ao poder detido nas mãos de cada um deles, a expressão em seus rostos deixava nítido a consciência. Mesmo diante dessas análises, Helena não poderia ser separada dos outros em questão de suster e deixar explícito poderio. Assim como seu esposo, não carregava um ar de superioridade, apenas fria sobriedade, completamente analítica.
Fixou o olhar nos presentes degraus abaixo. Podia ver os cabelos loiros de Henrico entre o pai e Tarkin, algumas cadeiras ao lado o príncipe herdeiro de Habaque, Ducan e o rei Kabir. Há alguns minutos fora avisado que uma testemunha estava chegando a navio, provavelmente demorou devido à chuva e neblina.
Alguns minutos depois as portas foram abertas. Bijay passou entres as portas de madeira, ele era a testemunha.
Não era necessário chamar todos os componentes da família Shivani, especialmente o segundo príncipe, um jovem que não tinha mais ligações políticas, passando seus dias em reclusão no castelo.
Kirion, o rei mais velho em idade e anos de reinado levantou-se de sua cadeira. Em reuniões como aquelas, desprovidas de um juiz, onde os reis agiam como tal, o homem mais velho conduzia e iniciava a reunião. O governante vindo de Luminus, apesar de ultrapassar os cinquenta anos, a pele bronzeada era visível através da toga, uma vestimenta comum em seu país. A coroa dourada entrava em perfeito contraste com as vestes azuis, característica de Luminus.
