Capítulo 51

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"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças." – Filipenses 4:6

" – Filipenses 4:6

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Tensão e ocupação. Esse era o resumo perfeito das duas últimas semanas de Helena no castelo. Aurora, Amélia, Tarkin, Lana e Sofia apareciam regularmente onde ela estava, especialmente Sofia, empenhada em seu trabalho e mais focada que nunca. Reclamou uma ou duas vezes por uma situação como aquela aparecer justamente quando Lorenzo concordou em lhe dar um tempo de férias.

"Cruel, esse mundo é muito cruel!" Foram as exatas palavras delas, após resumir vinte e cinco relatórios em um só.

Não era uma surpresa tão absurda dizer que mesmo com tantos amigos em casa passava pouquíssimo tempo com eles. Lana e Aurora persistiam em lhe fazer companhia, especialmente quando estava treinando com Agur, seu instrutor. Por duas vezes Aurora duelou com ela a pedido do professor, de acordo com ele, ela precisava de alguém de fora das fronteiras com uma educação diferente. A princesa era realmente boa, concluiu sem muita surpresa. Não ficou irritada quando a amiga lhe deu um ou dois toques para truques que consistiam em fazê-la permanecer em pé quando percebesse tarde demais que seria derrubada.

A tensão dos primeiros dias foi quebrada quando perceberam que não adiantaria tamanha preocupação.

Não mentiria, o melhor momento do dia era o jantar. Independente do quão ocupada estivesse, aparecia para jantar com todos. Aquele era o momento para descontrair, deixar ao lado de fora o peso das obrigações, as histórias que ouvia no tribunal, e as preocupações que não poderiam facilmente dissolver-se.

Lana por duas vezes pediu sua companhia na hora de dormir. Por três dias houve uma noite especial das garotas, onde rainha, princesas, duquesa, dama de companhia se uniram para conversar e trocar informações não apenas triviais, como grandemente importante, mas esse não foi nem de longe o foco. Na manhã seguinte não houve uma sequer para acordar antes das 9h, culpa da madrugada insone.

Há duas noites tivera uma das suas melhores noites. Aurora pediu e conduziu o jantar, quase sendo engolida viva por Joana, Tali e Ani, infelizes com os palpites em seu prato, mas nada disseram. Aurora com certeza notou, mas não criou problemas por isso. Em certo ponto, ela mesma assumiu a cozinha enquanto ensinava a rainha e a suas novas amigas, Lana e Sofia, como eram as comidas do seu país.

— Céus, eu posso descansar em paz depois desta maravilha culinária! — Amélia foi a primeira a dizer. Para as outras não foi tão incomum, ficaram horas na cozinha, beliscando, experimentando e recebendo olhares severamente atravessados. Nas palavras de Aurora: "se eu vir mais um dedo ou colher sendo colocada onde não deve, vou acertar uma panela dessas na cabeça de alguém, sem nenhuma piedade". Era apenas o tempo dela virar-se, como duas crianças Lana e Helena xeretavam os pratos.

Amélia também era uma excelente pessoa, gentil, educada, prestativa, sempre oferecendo ajuda, no entanto, mais introvertida. Até mesmo Tarkin passava mais tempo com aquele pequeno grupo seleto e caótico, como Tarkin gentilmente apelidou quando Sofia e Helena quase puseram fogo na cozinha. As senhoras da casa decidiram cozinhar sem supervisão, resultando numa grande nuvem de fumaça negra e nele vestindo um avental de flores ao lado de Aurora para preparar a comida. Nem mesmo com suas constantes reclamações defendendo seu posto de médico e não cozinheiro, Helena fez inúmeras piadas, afirmando categoricamente que ele deveria repensar sua profissão.

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